Comemorações do 58º Aniversário da Força Aérea na Madeira
In “Força Aérea Portuguesa”:
A Força Aérea Portuguesa, constituída como Ramo independente das Forças Armadas no dia 1 de Julho de 1952, celebra entre os dias 26 de Junho e 4 de Julho, na Região Autónoma da Madeira, o seu 58º Aniversário.
O arranque das Comemorações teve lugar no Salão Nobre do Governo Regional da Madeira, no dia 26 de Junho, com o lançamento do livro "A Aviação na Madeira", e com a inauguração de um Monumento alusivo ao 58º Aniversário da Força Aérea, na Praça da Autonomia, no Funchal, que contou com a presença do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Luís Araújo, e com o Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim.
Na agenda, esteve também a actuação da Banda de Música da Força Aérea (BMFA) que realizou uma Tattoo Militar, na Praça do Município. O programa das Comemorações prosseguiu com a abertura oficial da Exposição Temática, na Escola Secundária Francisco Franco.
No domingo, o Aeroporto da Madeira recebeu uma Exposição Estática de Aeronaves, com meios aéreos das Esquadras da Força Aérea. A encerrar este evento, a Patrulha Acrobática da Força Aérea, Rotores de Portugal, realizou uma demonstração perante o olhar impressionado de milhares de espectadores.
Ontem, os Rotores de Portugal efectuaram nova demonstração em Câmara de Lobos. No Centro das Artes - Casa das Mudas, na Calheta, a BMFA deu mais um Concerto, repetindo a actuação no dia 30, pelas 21H30, no Parque de Santa Catarina, no Funchal.
No dia 1 de Julho, pelas 15H00, a ilha de Porto Santo receberá a demonstração dos Rotores de Portugal e no dia 2, às 22H00, será realizado o Concerto Oficial pela BMFA com a participação da cantora Vânia Fernandes no Auditório do Casino do Funchal.
No dia 3 de Julho, pelas 09H30, será celebrada a Missa de Acção de Graças na Igreja do Colégio, no Funchal. Às 11H30, na Avenida do Mar, terá início a Cerimónia Militar que findará com os desfiles das Forças em Parada e das aeronaves da Força Aérea. Pelas 16H30, será realizado, na Baía do Funchal, um Festival Aéreo com a presença de cerca de 40 aeronaves da Força Aérea.
No dia 4 de Julho, às 11H00, nas Ilhas Selvagens, será implantada uma Placa alusiva à presença da Força Aérea no ponto mais a Sul de Portugal.
Também entre os dias 27 de Junho e 4 de Julho serão proporcionados Baptismos de Voo nas aeronaves C-295 e ALIII.
No dia 10 de Julho, Dia das Bases Abertas, as Bases Aéreas abrirão as portas aos mais curiosos, que terão a possibilidade de visitar as Unidades Militares, as actividades e a operacionalidade dos meios da Força Aérea.
Estes eventos têm como objectivo divulgar a temática aeronáutica, as actividades, a capacidade técnica e a competência profissional do pessoal da Força Aérea junto da população em geral e da juventude em particular, promovendo e fortalecendo a coesão e o espírito de corpo entre todos os participantes, bem como exercitar as capacidades de planeamento, comando, controlo e execução dos diversos órgãos envolvidos.
Ver:
Veja aqui o vídeo Força Aérea:
Veja aqui o vídeo Força Aérea - 2ºDia:
Veja aqui o vídeo Força Aérea - 3º e 4º Dia:
Veja aqui a notícia RTP Madeira - Patrulhas Acrobáticas da Força Aérea:
Aparelhos da Força Aérea 'rasgaram' os céus do Funchal:
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Defesa: PEC obriga a adiar aquisão de equipamentos para as Forças Armadas:
O ministro da Defesa Nacional afirmou hoje que todos os novos programas de aquisição de equipamentos para as Forças Armadas foram "recalendarizados" na sequência do Plano de Estabilidade e Crescimento.
Augusto Santos Silva falava no Funchal após a cerimónia das comemorações do 58.º aniversário da Força Aérea que decorre este ano pela primeira vez na Madeira.
"O PEC aprovado pelo Governo e na Comissão Europeia no início do ano, no que diz respeito ao equipamento militar, tomou a seguinte medida: até 2013 não podemos iniciar novos programas de aquisição de equipamentos, os que estão em curso devem ser concluídos", disse.
Acrescentou que vários programas foram recalendarizados, casos dos projetos da substituição de arma ligeira, nova capacidade conjunta de helicópteros ligeiros, navio polivalente logístico, prossecução da modernização dos aviões C130 e das viaturas estáticas ligeiras.
"Sabemos com clareza onde investiremos os recursos assim que as restrições orçamentais possam ser um pouco aliviadas e mais recursos possam ser destinados à Defesa", sublinhou.
Augusto Santos Silva argumentou ser "preciso Portugal ter as prioridades claras e concentrar o esforço naquilo que é essencial", salientando que os investimentos nas Forças Armadas são apostas na "própria segurança" do país.
Realçou estar em curso há cerca de cinco anos um programa de modernização das Forças Armadas Portuguesas que representa um investimento na ordem dos 1500 milhões de euros que será desenvolvido ao longo de uma década, estando "um terço realizado".
Salientou também "fazer todo o sentido" investir este ano na celebração do dia da Força Aérea na Madeira porque, "ao longo de 2010, a capacidade da FAP destacadas e especificamente dirigidas à região serão multiplicadas", estando previsto que até ao outono chegue o segundo helicóptero H101 e o novo c295 de transporte tático, destacados no Porto Santo, e a conclusão da obra do radar do Pico do Areeiro.
Sobre a visita que efectuará domingo às Ilhas Selvagens, Santos Silva garantiu estar hoje ultrapassada a questão da legitimidade da soberania de Portugal sobre aquele território, considerando ser uma demonstração que as Forças Armadas "estão presentes em todo o território nacional e da Região Autónoma da Madeira".
"As Selvagens são um dos recurso mais importantes que o país tem em termos de biodiversidade marinha", realçou, mencionando que a expedição cientifica que esteve naquelas ilhas para estudar biodiversidade servirá também "para acrescentar argumentos ao projeto de extensão da plataforma continental de Portugal".
Na marginal do Funchal muitas centenas de pessoas assistiram hoje às cerimónias, com o desfile das forças em parada, condecorações, homenagem a militares falecidos e passagem de vários aviões da FAP, entre os quais 6 caças F16, estando programado para esta tarde um festival aéreo com dezenas de aeronaves que foram deslocadas das bases do continente para a região.
Novas compras de equipamentos para as Forças Armadas foram todas “recalendarizadas”
Forças Armadas adiam todas as compras de material militar
Mais de 30 aeronaves Hoje em voo directo:
Esta manhã, cerca de três dezenas de aeronaves militares, de registo nacional, estarão no ar, em voo directo para o arquipélago da Madeira, onde esta tarde participarão no desfile que assinala as celebrações do 58º aniversário da Força Aérea Portuguesa (FAP), este ano assinalado na Região Autónoma. As partidas estão programadas das bases aéreas de Monte Real, Montijo e Beja e os meios aéreos convergirão pela hora do almoço no Aeródromo de Manobra do Porto Santo, onde serão reabastecidos e sujeitos, se houver necessidade, a inspecções e manutenção de escala.
Trata-se da maior operação jamais efectuada pela FAP, entre bases do continente e o arquipélago da Madeira, e também do maior desfile aéreo militar jamais realizado sobre a nossas ilhas, com um total de cerca de 40 aeronaves.
Toda a movimentação de meios foi programada pela FAP tendo em vista o Festival Aéreo que está programado para esta tarde, sobre a Baía do Funchal, e que é um dos pontos altos do programa das celebrações do 58º Aniversário da criação da FAP. No ano passado as festividades estiveram sedeadas nos Açores, na ilha de São Miguel. Esta é também a primeira vez que o nosso arquipélago é escolhido para tal efeito. Embora em anos anteriores tenha havido sugestões para trazer estas comemorações para a Madeira, o factor logística e a pouca tradição que a Região tinha no seu relacionamento com a Força Aérea pesaram sempre nas decisões do Estado-Maior da aviação militar nacional. Finalmente em 2010 os madeirenses têm a grata oportunidade de acolher estas celebrações, nomeadamente o espectáculo proporcionado pela evolução dos aviões que sempre desperta interesse e que, certamente, atrairá hoje muitos milhares de madeirenses à zona ribeirinha da cidade, a partir das 16h30. Desfilarão dois tipos de aviões caça-bombardeiros: os F-16 e os Alpha-Jet; três modelos de aviões de transporte e logística militar: os Aviocar CASA 212, os Hércules C-130H e C-130L e os C-295M; e um modelo de avião utilizado em missões de patrulhamento marítimo e de detecção a alvos marítimos: o P-3P Orion. Desfilarão também os helicópteros, também com três modelos: os Alouette, os Puma e os Merlin.
Um grande exercício logístico
A operação que a FAP desenvolve hoje entre bases aéreas do continente e o arquipélago da Madeira integra-se num amplo exercício operacional de logística e de meios. Ao fim e ao cabo a FAP aproveita estas celebrações para testar a sua eficácia logística e de transporte de equipamentos e militares, numa perspectiva da sua utilização num cenário de agressão ou de conflito.
Por isso mesmo, os custos de todas estas celebrações e o desfile aéreo no Funchal não podem ser contabilizados numa perspectiva de despesas integradas num único ponto da aniversário da FAP. Há um envolvimento total deste ramo das Forças Armadas, com meios e pessoal de diversas bases, comandos e serviços. O major Mouta Raposo, chefe da Área de Informação Pública, disse ontem ao DIÁRIO que as despesas estão previstas, desde o início do ano, no Orçamento da FAP.
Para esta operação na Madeira, a Força Aérea Portuguesa deslocou cerca de meio milhar de militares, entre os que actuam na Banda e Coro, os que montaram a exposição que tem decorrido com sucesso na Escola Francisco Franco (ver artigo na página seguinte) e todos os outros que vieram para a Região Autónoma ajudar no enquadramente de todas as celebrações do 58º Aniversário da FAP.
Apoio A presença da Força Aérea Portuguesa no Porto Santo tem constituído um apoio inportante para a população da ilha. Além de estar dotado com duas aeronaves, dá emprego a cerca de 50 pessoas, muitas da ilha.
Baptismos A Força Aérea Portuguesa irá proporcionar até ao dia 5 de Junho o baptismo de voo a cerca de dois mil madeirenses em aviões de transporte e a mais 300 nos voos de helicópteros, além de um prémio especial em F-16.
12 caças F-16 Um dos momentos mais entusiasmantes do Desfile Aéreo de hoje será certamente a evolução de uma esquadrilha de 12 caças-bombardeiros F-16, que viajam esta manhã directamente da Base de Monte Real.
Desde 1979 O Destacamento da Força Aérea Portuguesa da Madeira foi criado em 1979, com sede no Funchal. Começou a operar com um Aviocar CASA 212, que apoiava as Pescas e o controlo da Zona Económica Exclusiva.
Recrutamento Na exposição da FAP na Francisco Franco funciona um módulo dos Serviços de Recrutamento no qual os jovens madeirenses interessados poderão se informar sobre os processos de entrada e adesão à FA.
Equipas cinotécnicas Hoje, entre as 11 e as 16 horas, na Exposição da Francisco Franco haverá duas demonstrações das equipas cinotécnicas da FAP, utilizada em buscas no caso de terramotos e desmoronamentos.
Praça da Autonomia No local onde estão a ser feitos os baptismos de voo em Alouette, podem ser vistos dois veículos que vieram à madeira só para este efeito: um pronto-socorro helitransportado e um blindado HMMWV, com protecção.
Em 1989 Foi transferido para o Porto Santo o destacamento da Força Aérea dotado com um Aviocar, que estava baseado na Madeira. Em 25 de Novembro de 2009 passou a Aeródromo de Manobra, subindo de categoria.
Força Aérea no Porto Santo:
FOTOS COLOMBOPRESS
O 58.º aniversário da Força Aérea Portuguesa ficou marcado pela maior operação logística jamais levada a cabo na Madeira por parte da FAP, já que foram deslocadas 34 aeronaves.
Pelo Porto Santo passaram, para reabastecimentos e estacionamento, doze caças F-16, seis Alpha-Jet, três aviões de transporte C-130, três novos C295, bem como o P-3P Orion a que se juntaram dois Aviocar, quatro helicópteros Alouette e três Merlin.
O aeroporto local registou um movimento recorde já que foram mais de 60 as aterragens/descolagens.
Na ilha estiveram centena e meia de militares da FAP. Entre pilotos, mecânicos e outros especialistas com cada esquadra/avião a dispor de uma equipa de apoio.
Toda a logística de apoio ao festival aéreo que decorreu na baía do Funchal na tarde de sábado foi montada no Porto Santo. De tal modo que a partir das 12 horas a Galp afectou todos os recursos para garantir o abastecimento das aeronaves.
Foram cerca de 150 mil litros de combustível, com a curiosidade de um C130 levar até 20 mil litros e um F16 cerca de 4 mil litros. Como o combustível tinha de levar um aditivo, não foi fácil garantir o abastecimento dentro do horário pretendido.
Num dia frenético, em que o barulho dos potentes motores do C-130 quebrou o ambiente bucólico que se vive na ilha, a presença dos F16 constituiu a maior curiosidade, quer pela velocidade que atingem, como e sobretudo pela sofisticação dos seus equipamentos e armas.
Embora a legislação não o permite fora de um teatro de guerra, os F16 podem voar a Mach 2 (688 mts/seg), o que permitiria efectuar a ligação entre Lisboa e a Madeira em apenas 24 minutos.
Concluído o festival, parte da aeronaves da FAP regressaram às suas bases no continente, embora na Ilha Dourada tenham ficado dois F16, bem como os helicópteros Merlin que deverão transportar o Ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, e sua comitiva às Ilhas Selvagens.
FAP reforçada na Madeira:
Caças F16 sobrevoaram a baía do Funchal para assinalar aniversário da Força Aérea.
FAP celebrou, pela 1ª vez, aniversário na Madeira.
Os Alouette foram um dos momentos altos do desfile aéreo que ontem decorreu no Funchal. FOTOS OCTÁVIO PASSOS/ASPRESS
A Força Aérea Portuguesa vai multiplicar, ao longo deste ano, a sua capacidade na Região Autónoma da Madeira. Augusto Santos Silva diz que este é um dos factores que justificam que aquele ramo das Forças Armadas celebrem o seu 58º aniversário nesta parcela de Portugal.
O ministro da Defesa Nacional, que falava no âmbito da cerimónia militar que ontem decorreu na Avenida do Mar, disse mesmo que a Força Aérea é um símbolo de promoção da Autonomia Regional, materializado no apoio às populações da Madeira e Porto Santo.
"É bom lembrar que a Força Aérea Portuguesa tem aumentado os meios e as capacidades que tem disponíveis na RAM" salientou, realçando que as capacidades da FAP destacadas e especificamente dirigidas à Região serão multiplicadas" ao longo deste ano. Está previsto que até ao Outono chegue o segundo helicóptero H101 e o novo C295 de transporte táctico, destacados no Porto Santo, e ainda a conclusão da obra do radar do Pico do Areeiro.
Em todas estas valências, "a Força Aérea Portuguesa apoia a população da RAM seja no plano das missões militares que são as suas, seja em outras missões de interesse público, como a promoção da segurança humana e o apoio ao bem estar e desenvolvimento das populações".
Uma missão que cumprem na Madeira desde 1976 e que se consubstancia em acções concretas que resultam na possibilidade de doentes serem evacuados, de pescadores serem salvos, de prevenção e combate à poluição e fiscalização de recursos piscícolas.
Augusto Santos Silva diz que a FAP cumpre exemplarmente na Madeira uma missão nacional de forma pronta e profissional . É um amigo que as populações sabem estar sempre disponível mesmo nos momentos mais difíceis, como ficou provado na tragédia de 20 de Fevereiro.
Um trabalho em prol da região e do país que merece orgulho e reconhecimento e que justifica o enorme esforço de modernização que está em curso.
E para prossegui-lo, nas difíceis condições financeiras que o país atravessa, o ministro diz ser necessário ter prioridades claras e desenvolver programas coerentes. É nesse sentido que estão em curso quatro grandes projectos: aquisição dos aviões de transporte táctico e vigilância marítima, C295, dos helicópteros de busca e salvamento, aquisição e modernização dos aviões de patrulhamento marítimo e de combate, e a modernização dos F16, que representam um esforço nacional na ordem de 1,5 mil milhões de euros.
Paralelamente disse ser necessário iniciar outros novos projectos, como seja o processo de modernização dos aviões de transporte estratégico C130, e o processo de substituição dos helicópteros ligeiros. Um esforço em nome da modernização da FAP e da segurança nacional, porque são investimentos necessários para salvar vidas humanas, para vigiar o espaço marítimo, para assegurar compromissos internacionais e para que Portugal tenha ao seu dispor meios militares de defesa perante qualquer ameaça ou agressão externa.
Mas, com exclusão dos investimentos em curso, no valor global de 1500 milhões de euros, todos os novos programas de aquisição de equipamentos para as Forças Armadas foram "recalendarizados" na sequência do Plano de Estabilidade e Crescimento.
O PEC, aprovado pelo Governo e na Comissão Europeia no início do ano, dita, no que diz respeito ao equipamento militar, que até 2013 não podem ser iniciados novos programas de aquisição de equipamentos. Vários programas foram recalendarizados, casos dos projectos da substituição de arma ligeira, nova capacidade conjunta de helicópteros ligeiros, navio polivalente logístico, prossecução da modernização dos aviões C130 e das viaturas estáticas ligeiras.
Controlar o Atlântico
Luís Araújo, Chefe de Estado Maior da Força Aérea, realçou, por sua vez, que as recomendações do aviador Sacadura Cabral para controlar o Atlântico, através do controlo do espaço aéreo nacional e insular, "estão implementadas" com a conclusão, ainda este ano, da obra do radar do Pico do Areeiro.
O responsável da FAP recordou as primeiras travessias aéreas, sobretudo a amaragem na baía do Funchal efectuada por Sacadura Cabral a 22 Março de 1921, para realçar o facto da Madeira estar ligada aos primórdios dos voos de longa distância da aviação portuguesa.
Ao destacar o trabalho realizado pela FAP no exercício do controlo, defesa e policiamento, patrulhamento e fiscalização da vasta área oceânica, realçou a importância da entrada em funcionamento, a curto prazo, do radar de vigilância no Pico do Areeiro.
"A cobertura radar associada a uma plataforma aeronáutica provida de meios de apoio adequados às aeronaves de diferentes tipologias permitirão a projecção de vectores como o F16, o P3 e o C-130, capazes de executar a partir da Região, as mais variadas missões inerentes à soberania nacional e protecção dos vastos mas finitos recursos nesta área de interesse estratégico nacional", argumentou.
Acrescentou que "este alargamento do dispositivo contribuirá para uma maior eficácia na realização de outras missões de navegação aérea geral".
"O controlo do Atlântico permanece um dos mais valiosos instrumentos funcionais da política externa portuguesa, passará a existir uma melhor coordenação entre as forças navais e aéreas, já que a transmissão de dados em tempo real associado ao radar da Madeira, criará condições indispensáveis à realização de operações nacionais ou com os aliados nesta região".
Salientou, a propósito que, "as recomendações expressas no último relatório de Sacadura Cabral no início do século passado estão finalmente implementadas".
Apontou também ser necessário optimizar os recursos no contexto de dificuldades resultantes das limitações financeiras do país para garantir o cumprimento das missões.Refira-se que esta foi a primeira vez que a Força Aérea Portuguesa assinalou o seu aniversário na Madeira, o qual contou com diversas iniciativas, como exposições, divulgação do trabalho efectuado, diversos baptismos de voo para crianças e jovens, desfiles e um festival aéreo com dezenas de aeronaves, concertos, terminando hoje com a implantação de um marco comemorativo nas Ilhas Selvagens.
Sobre esta visita, Augusto Santos Silva disse ser uma demonstração de que as Forças Armadas "estão presentes em todo o território nacional e da Região Autónoma da Madeira".
"As Selvagens são um dos recurso mais importantes que o país tem em termos de biodiversidade marinha", realçou, mencionando que a expedição científica que esteve naquelas ilhas para estudar biodiversidade servirá também "para acrescentar argumentos ao projecto de extensão da plataforma continental de Portugal".
Espectáculo no céu
O festival aéreo que ontem decorreu na baía do Funchal foi um sucesso com a adesão total da população, que compôs uma moldura humana para assistir às acrobacias das máquinas que são o orgulho da Força Aérea Portuguesa.
Pelos céus da capital madeirense, desfilaram o C295, os Aviocar, o C130, os P3 Orion, mas o grande espectáculo estava reservado para os Alfa Jet, para os Alouette, que desenharam um coração no céu e fizeram literalmente uma vénia à população, e ainda para os sempre espectaculares F-16.
Operação no Porto Santo
60 movimentos, em dia de recorde
O Aeroporto do Porto Santo registou ontem a sua maior operação aeronáutica, já que a Força Aérea Portuguesa fez deslocar 12 caças F-16, 6 Alpha-Jet, três C-130, 3 novos C295, bem como o P-3P Orion a que se juntaram 2 Aviocar, quatro helicópteros Alouette e três Merlin. Entre aterragens/descolagens, foram mais de 60 os movimentos que durante todo o dia marcaram o ambiente habitualmente bucólico.Centena e meia de homens
Na ilha estiveram centena e meia de militares da FAP. Entre pilotos, mecânicos e outros especialistas com cada esquadra/avião com uma equipa de apoio150 mil litros em operação complexa
Toda a logística de apoio ao festival aéreo foi montada no Porto Santo. De tal modo que a partir das 12 horas a Galp afectou todos os recursos para garantir o abastecimento das aeronaves. Foram cerca de 150 mil litros de combustível, com a curiosidade de um C130 levar até 20 mil litros e um F16 cerca de 4 mil litros. Como o combustível tinha de levar um aditivo, não foi fácil garantir o abastecimento dentro do horário.Um voo de F16 de 980 km em 24 minutos
Os F16 podem voar a Mach 2 (688 mts/seg) que permitiria um voo de 24 minutos Lisboa-Madeira.'Baiana' foi a cantina da FAP
O aniversário da FAP foi visivel aos olhos de milhares de turistas que estiveram na ilha durante o fim-de-semana. De tal modo que o restaurante 'Baiana' praticamente se transformou na cantina da FAP, porque serviu mais de 130 almoços às tripulações das aeronaves. Também os hotéis tiveram casa cheia pois em apenas dois dos hotéis ficaram alojados 80 militares.
Radar da Madeira conclui recomendações de Sacadura Cabral para controlar Atlântico – CEMFA:
Funchal, 03 jul (Lusa) - O Chefe de Estado Maior da Força Aérea afirmou hoje que as recomendações do aviador Sacadura Cabral para controlar o Atlântico "estão implementadas" com a conclusão da obra do radar do Pico do Areeiro, na Madeira, este ano.
Luis Araújo falava na marginal do Funchal, no âmbito das comemorações do 58.º aniversário da Força Aérea Portuguesa que decorreram este ano na Madeira, uma cerimónia que contou com a presença do ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, e diversas autoridades civis e militares desta região.
O responsável da FAP recordou as primeiras travessias aéreas, sobretudo a amaragem na baía do Funchal efetuada por Sacadura Cabral a 22 março de 1921.
"A Madeira está ligada aos primórdios dos voos de longa distância da aviação portuguesa", salientou, sublinhando que este último aviador tinha a perceção de que "o controlo do Atlântico só conseguiria ser alcançado com o controlo do espaço aéreo nacional e insular".
Falou do trabalho realizado pela FAP no exercício do controlo, defesa e policiamento, patrulhamento e fiscalização da vasta área oceânica, destacando a importância da entrada em funcionamento a "curto prazo do radar de vigilância no Pico do Areeiro", o que deverá acontecer no outono.
"A cobertura radar associada a uma plataforma aeronáutica provida de meios de apoio adequados às aeronaves de diferentes tipologias permitirão a projeção de vetores como o F16, o P3 e o C-130, capazes de executar a partir da região, as mais variadas missões inerentes à soberania nacional e proteção dos vastos mas finitos recursos nesta área de interesse estratégico nacional", argumentou.
Acrescentou que "este alargamento do dispositivo contribuirá para uma maior eficácia na realização de outras missões de navegação aérea geral".
"O controlo do Atlântico permanece um dos mais valiosos instrumentos funcionais da politica externa portuguesa, passará a existir uma melhor coordenação entre as forças navais e aéreas, já que a transmissão de dados em tempo real associado ao radar da Madeira, criará condições indispensáveis à realização de operações nacionais ou com os aliados nesta região", realçou.
"As recomendações expressas no último relatório de Sacadura Cabral no início do século passado estão finalmente implementadas", concluiu.
Apontou também ser necessário otimizar os recursos no contexto de dificuldades resultantes das limitações financeiras do país para garantir o cumprimento das missões.
No âmbito do programa das comemorações do aniversário da Força Aérea Portuguesa, decorreram na Madeira diversas iniciativas, como exposições, divulgação do trabalho efetuado, diversos batismos de voo para crianças e jovens, desfiles e um festival aéreo com dezenas de aeronaves, concertos, terminando domingo com a implantação de um marco comemorativo nas Ilhas Selvagens, o subarquipélago mais distante do território português.
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Visita às Selvagens:
FOTOS RAQUEL GONÇALVES