sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Dia da Unidade e Rendição de Comandante do AM3

In "www.jornaldamadeira.pt":

14_168410 O radar militar do Pico do Areeiro já está a rodar e em fase de testes de aceitação. A revelação foi ontem feita pelo chefe de Estado Maior da Força Aérea (CEMFA), Luís Araújo, à margem da cerimónia que assinalou, ontem, no Aeródromo de Manobra N.º 3 (AM3) do Porto Santo, o 1.º aniversário e, em simultâneo, a rendição do comandante daquela instituição. A explicação aos jornalistas sobre a forma como vai operar aquele equipamento, coube ao general Tareco que frisou que, em simultâneo, decorre uma alteração do sistema operativo do comando e controle ao nível das comunicações de voz e dados.

«Se tudo correr como planeado, entre o primeiro trimestre e até final do segundo trimestre teremos o radar aceite provisoriamente e pronto para ser integrado no nosso sistema de defesa aéreo», afirmou, acrescentando que os primeiros testes ainda decorrem de forma parcelar.


Durante a cerimónia, o CEMFA havia destacado que a implementação do AM3, associada à instalação do radar de vigilância do Pico do Areeiro e à substituição das aeronaves em destacamento permanente - o EZH101 e o C295 – permitirá «uma resposta completa e adequada à totalidade das preocupações e necessidades há muito expressas pelas autoridades locais». Sublinhou, mesmo, que o AM3, apesar da sua reduzida dimensão, e de apenas ter sido constituído há um ano, é hoje uma unidade muito importante no actual dispositivo da Força Aérea. «Se é certo que há 34 anos se vem prestado serviço público relevante e reconhecido no âmbito das acções de preservação da vida humana, a partir de agora estas podem ser executadas em melhores condições, mas tornou-se também possível cumprir com rapidez e eficácia todas as outras missões no exercício da soberania e de protecção dos recursos», complementou.


Alojamento é prioridade


Ao longo da cerimónia, tanto Luís Araújo como o coronel Telmo Reis, o novo comandante do AM3 que substitui no cargo o coronel Joaquim Ferreira, também falaram dos novos desafios por concretizar.
«Espera-se para breve a construção da parada, peça fundamental e icónica de uma unidade militar, à qual se seguirá a construção da porta de armas. Os passos seguintes envolverão a construção da messe e área social e no horizonte um pouco mais distante, os alojamentos que abrigarão a guarnição», disse Telmo Reis.
Ora, em jeito de resposta, Luís Araújo destacou que o AM3 tem sido um «exemplo de boas práticas de gestão, encontrando soluções de grande eficácia operacional a custos comportáveis e compatíveis com a actual situação financeira e orçamental». Mas, foi à margem da cerimónia que explicou aos jornalistas que as obras devem iniciar-se, de forma faseada, já no início do próximo ano. «Temos de ter capacidade para alojar e alimentar, diria, entre 100 e 150 homens - não mais do que isso», informou. O aeródromo conta com 46 elementos, sendo que a maioria está distribuída por alojamentos hoteleiros fora da unidade. Contudo, o general nega que a construção vise apenas a contenção de despesas. «É uma questão de princípio. Os militares quando estão de alerta, ou em operações, em princípio, têm de estar no quartel, na unidade. Não faz sentido que estejam noutro local», justificou. «Temos de começar pelo alojamento, depois pela alimentação e, depois, naturalmente, pelos espaços de descanso e repouso. É uma obra cuja primeira fase vai começar no princípio do próximo ano», concluiu.


Ex-comandante distinguido por serviços distintos


Luís Araújo condecorou com a medalha de serviços distintos, grau prata, o ex-comandante do AM3, Joaquim da Silva Ferreira. A medalha é destinada a galardoar serviços de carácter militar, relevantes e extraordinários ou actos notáveis de qualquer natureza ligados à vida da instituição militar. De salientar que o anterior comandante, vai agora para novas funções, agora no IDN, no Porto.


Portas estandartes Nacional e Unidade rendidos ontem


Um dos momentos simbólicos da cerimónia foi o da rendição dos portas estandartes Nacional e da Unidade. Assim, no primeiro, a tenente técnico de operações de meteorologia, Catarina Cerqueira foi substituída pelo tenente técnico de operações de detecção e conduta de intercepção, Jorge Durão. O porta estandarte da Unidade, o sargento ajudante mecânico de electrónica, Manuel Mendes, foi substituído pelo sargento ajudante polícia Aérea Raúl Azevedo.


C-295 já realizou quase uma dezena de evacuações


A cerimónia de ontem implicou a vinda do continente de um um total de 90 homens e três meios áereos, entre os quais, um C-130, cuja viagem serviu para testes de qualificação a três pilotos. Questionado sobre a prestação do novo C-295, o coronel Gaspar diz que «está a ser muito bem aceite, de modo a que até já houve um baptismo particular», avançou. O avião já foi usado numa evacuação directa para o continente e a primeira para a Região aconteceu uma semana depois de ter chegado. Até ao momento, já foram efectuadas perto de uma dezena, a última das quais ontem.

sábado, 6 de novembro de 2010

Missões na Região escapam aos cortes

In "DNOTICIAS.PT":

Os cortes orçamentais previstos para o próximo ano, incluindo nas Forças Armadas, não vão afectar as missões que a Força Aérea realiza no nosso arquipélago. A garantia foi dada ontem no Porto Santo pelo Chefe de Estado Maior da Força Aérea, major-general Luís Araújo, após a cerimónia de apresentação das novas aeronaves C-295M, que vêm substituir os velhinhos Aviocar. O secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, presidiu ao acto oficial.

"O impacto da redução orçamental para 2011 em todos os sectores de actividade do Estado Português, no que à Força Aérea diz respeito não terá qualquer impacto naquilo que temos feito na missão na Madeira em termos do apoio às populações e na missão que fazemos que é a evacuação sanitária [de doentes do Porto Santo] e na busca e salvamento. Aí não haverá de certeza absoluta qualquer redução e haveremos de o fazer com a mesma qualidade e segurança", assegurou Luís Araújo, que recordou que 95% destas missões são imprevistas e urgentes, pelo que não podem ser anuladas.

A Força Aérea compromete-se a participar no esforço de contenção dos gastos públicos mas dentro dos limites que a sua actividade impõe. "Não vamos andar nem rotos, nem esfarrapados, nem esfomeados, nem sedentos. Vamos continuar a operar como temos vindo a operar até aqui porque só há uma forma de operar aeronaves, que é operar bem", avançou o chefe deste ramo das Forças Armadas. Ainda assim, Luís Araújo admite que possa haver um ajustamento nas horas de voos, "não de uma forma transversal e cega mas sim por frotas, vendo onde é que se pode cortar mais ou menos". É também previsível a dispensa de pessoal contratado.

As questões financeiras também estiveram presentes nas palavras do secretário de Estado, que criticou quem questiona o investimento na modernização dos meios das Forças Armadas. "Quando ouvimos algumas pessoas fazerem demagogia sobre a utilidade deste tipo de investimentos, bem lhes poderíamos dar o exemplo da Madeira e da sua população e de todas as missões que este novo destacamento da Força Aérea em Porto Santo vai poder prover e realizar", afirmou Marcos Perestrello.

Os novos C-295M vão cumprir missões de busca e salvamento e missões de soberania na Zona Económica Exclusiva, que vão desde o controlo de tráfego marítimo à detecção e controlo da poluição e à protecção e defesa dos recursos naturais. O destacamento do Porto Santo custa entre 2,5 a 3 milhões de euros ao ano, cerca de 1% do orçamento da Força Aérea.

C-212 aviocar

  • Construtor: CASA (Espanha)
  • Entrada ao serviço: 1976
  • Velocidade: 140 nós
  • Autonomia: 5 horas
  • N.º de passageiros: 16
  • Tripulação habitual: 3
  • Altitude máx: 10.000 pés
  • Carga máxima: 2.000 quilos
  • Custo de hora de voo: 1.600 euros

C-295

  • Construtor: EADS/CASA (UE)
  • Entrada ao serviço: 2008
  • Velocidade: 240 nós
  • Autonomia: 10 horas
  • N.º de passageiros: 66
  • Tripulação habitual: 3
  • Altitude máx: 25.000 pés
  • Carga máxima: 8.000 quilos
  • Custo de hora de voo: 1.500 euros
 

 

 

Ver:

“Cortes” na Força Aérea não condicionam missão

Implantação da aeronave c295 na Madeira: Fotos Hélder Santos/Aspress:

sábado, 30 de outubro de 2010

Programa das Festas RTP em Abrantes

Programa a proposito da 9ª Edição Feira Nacional de Doçaria Tradicional

Videos RTP 30-10-2010:Tigeladas

Ver:

9ª Feira Nacional de Doçaria Tradicional:

De 29 de Outubro a 1 de Novembro de 2010, na antiga Rodoviária, em Abrantes

O Centro Histórico de Abrantes vai receber a Feira Nacional de Doçaria Tradicional pelo nono ano consecutivo. Para esta edição a TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior e a Câmara Municipal de Abrantes prometem trazer à cidade florida a maior Palha de Abrantes jamais vista. O doce tradicional vai ser reproduzido num tamanho 100 vezes superior à sua dimensão real.

A maior Palha de Abrantes do país irá abrilhantar a inauguração do certame, no dia 29 de Outubro, preparada pelo doceiro Manuel Correia, que terá de empregar cerca de 720 ovos na confecção do doce conventual. Com o objectivo de “valorizar e promover a doçaria da região, utilizando um dos seus principais ícones”, como explica o Técnico Coordenador da TAGUS, a organização pretende ainda superar o feito, no domingo, dia 31 de Outubro, exibindo uma Palha ainda maior, com cerca de um metro de diâmetro.

Mas as novidades da 9ª Feira de Doçaria Tradicional não ficam por aqui, na manhã sábado, dia 30 de Outubro, o certame traz um mercado de doces tradicionais ao Centro Histórico, que terá o intuito de “tentar descobrir os doces que se perderam ou caíram no esquecimento nos lugares de Abrantes, contando para isso com o apoio das associações e dos grupos etnográficos do concelho”, explica Pedro Saraiva, Técnico Coordenador da TAGUS.

A tarde de 30 de Outubro é marcada por um programa dirigido às crianças, que conta com uma sessão de contos infantis, dinamizado pelo contador de histórias. “Faz & Conta”, na sua caravana, recorre a ferramentas do teatro e da música para atrair a atenção dos mais pequenos. “Tosta-Mista, o Malabarista” promete também animar os pequenos visitantes, logo a seguir à actuação do ATL “O Pequeno Lavrador”.

As noites de 29, 30 e 31 de Outubro serão dedicadas aos mais crescidos, com música para todos os gostos, animadas por grupos que trazem desde jazz, bossanova, e até mesmo música tradicional portuguesa à antiga Rodoviária de Abrantes.

Durante estes quatro dias de certame, haverá também duas exposições: uma mostra sobre a doçaria tradicional e conventual, com os utensílios utilizados na sua confecção, que funcionará na Assembleia de Abrantes; e a exposição do Palhinhas. O desafio lançado pela TAGUS ao pré-escolar e às escolas do 1ºciclo do Ensino Básico é de criar um conto sobre as aventuras da figura de Banda Desenhada, que personifica o doce Palha de Abrantes, tendo como cenário um local emblemático do concelho.

Esta edição da Feira de Doçaria Tradicional estende-se até ao “dia dos bolinhos”, 1 de Novembro, reforçando a sua ligação a esta tradição das crianças pedirem bolos e doces de porta-a-porta. A Feira de Doçaria Tradicional traz, novamente, a Abrantes doces, compotas e licores provenientes de Norte a Sul do País, tendo como uma das novidades deste ano os rebuçados de Portalegre. O certame junta ainda animação para diversos públicos, o que torna este evento ideal para encontrar os amigos e reunir a família.

Abrantes: Feira Nacional de Doçaria Tradicional até dia 1:

...

Doçaria
Na doçaria, as estreias desta edição são as Fogaças de Santa Maria de Feira, os Rebuçados de Portalegre e bolachas tradicionais, vindas de Lisboa. O INOV’LINEA – Centro de Transferência Alimentar vai ter à prova marmeladas de vários sabores: menta selvagem, frutos silvestres, maracujá, tomate, pimento vermelho e morango.
Este certame vai contar com 31 expositores.
A nível local, a feira irá de doçaria tradicional:
- o mel da Colmeicentro e de José César, ambos de Abrantes;
- a marmeladas e Geleias, da Quinta do Côro, de Sardoal;
- a palha de Abrantes, Tigeladas e Broas das Pastelarias Tágide
- os queijinhos do Céu de Maria de Lurdes Mendes, de Constância;
- os doces e Compotas da Quinta de São José, de Sardoal;
- Bolos de Massa Lêveda, Filhós, Broas e Tigeladas de Celestina Luísa, de Alvega.
- a doçaria tradicional de Maria Ermelinda Gaspar e do Jardim-de-infância e 1º Ciclo de Alferrarede-Velha, das Associações de Pais e Encarregados de Educação do “ATL Pequeno Lavrador” da Escola António Torrado, da Escola da Chainça, do Jardim-de-infância de S. João.
A nível nacional, as zonas do país representadas vão ser: Santa Maria da Feira, Portalegre, Lisboa, Caldas da Rainha, Évora, Alcobaça, Torres Novas, Odivelas, Tentúgal, Óbidos, Aveiro, Cadaval, Ovar, Setúbal, Arouca, Fundão, Abrantes, Constância e Sardoal.
Na feira estarão expostos: Palha de Abrantes, Tigeladas, Broas, Pastéis de Santa Clara, Queijinhos do Céu, Bolos de Massa Lêveda, Fogaças, Rebuçados de Portalegre, Bolachas Tradicionais, Tortas de Azeitão, Travesseiro de Coina, o Doce de Palmela, o Folar de Mel de Coina, Esses, Bolo Fidalgo, Pão de Rala, Siricaia, Ovos-Moles de Aveiro, Pastéis de Tentúgal, Castanhas de Ovos, Pão de S. Bernardo, Farinheiras Doces, Pedras Parideiras, Barriga de Freira, Cornucópias de Alcobaça, Pão-de-ló de Ovar, Bolachas do Cadaval, Doçaria Tradicional, Doces e Compotas de Sardoal, de Portalegre e da Gardunha, Ginjinha de Óbidos e de Alcobaça, Moscatel de Setúbal e Licores.

Maior Palha de Abrantes
Preparação da maior Palha de Abrantes
Sexta-feira (dia 29.OUT.), 17h – 60cmx60cm
Reprodução do doce tradicional de Abrantes numa escala 100 vezes (60cmx60cm) superior ao tamanho normal (6cm). Os doceiros Manuel e Fernando Correia da Pastelaria Tágide vão utilizar 720 ovos na massa de amêndoa e nos fios de ovos, e 7,5kg de açúcar na preparação da Palha de Abrantes.
Domingo (dia 31.OUT.), 18h – 1mx1m
Os doceiros da premiada pastelaria com quase 30 anos são desafiados a superar o tamanho da palha confeccionada na sexta-feira e irão preparar ao vivo uma Palha de Abrantes com uma base de 1m2 que irá levar 90 dúzias ovos.

Mercado de Doces Tradicionais
No sábado de manhã irá decorrer na Praça Barão da Batalha um mercado de doces tradicionais, que faziam parte da identidade do concelho, mas que hoje-em-dia já caíram no esquecimento e apenas se podem encontrar em alguns lugares e aldeias de Abrantes. Este mercado composto por bancas de doces conta com a dinamização de algumas colectividades e grupos etnográficos da Cidade Florida. São elas: Associação de Solidariedade Social de Fontes, Grupo Etnográfico da freguesia de Alvega, Grupo Etnográfico “Os Esparteiros” de Mouriscas, Grupo Folclórico e Etnográfico de Vale das Mós, Ranho Folclórico da Casa do povo do Pego, Rancho Folclórico Grupo Etnográfico da freguesia de Alvega; Grupo Etnográfico “Os Esparteiros” de Mouriscas, Grupo Folclórico e Etnográfico de Vale das Mós, Ranho Folclórico da Casa do povo do Pego e Rancho Folclórico “Os Peneireiros” de Martinchel.

Doces Memórias
Doces Memórias trata-se de uma exposição sobre doçaria tradicional e conventual, que reúne utensílios usados na confecção de doçaria e debruça-se na evolução da doçaria nos tempos. Esta mostra estará patente durante os dias da feira entre as 15h e as 19h.

domingo, 24 de outubro de 2010

Militares do exército mostram capacidades em Castelo Branco

In "RTP Noticias":

O Exército Português comemora hoje o "Dia do Exército", data em que se celebra também a tomada de Lisboa, em 1147, pelas tropas de D. Afonso Henriques, Patrono do Exército.

A máquina Singer

In "DNOTICIAS.PT":

cronica1 A máquina de costura Singer, de tampo de madeira carunchosa e letras douradas gastas, continua em casa do meu pai, no lugar onde a minha mãe a deixou. Na gaveta pequenina ficaram, durante anos e anos, as linhas e agulhas, botões e restos de tecido, um pouco da memória da minha mãe e do modo como governou a casa, como tratou das nossas vidas. Arrumada a um canto e protegida por um pano de reposteiro, a velha máquina fez cortinas, subiu bainhas, ajustou as calças de ganga e, quando parecia impossível, salvou a nossa adolescência.

O meu irmão e eu entramos nessa idade de incertezas e turbilhão interior, de individualismo obstinado e urgente necessidade de ser como os outros na mesma altura em que o FMI chegou a Portugal. A crise galopava, devorava empregos, engolia os salários e, nas lojas, a inflação de 20% não deixava dinheiro para luxos. Mas, por muito que tudo isto fosse verdade, nós continuávamos a ser dois adolescentes. E a minha mãe, que não tinha estudos, nem noções de psicologia, percebeu depressa os milagres que a máquina de costura, velha e carunchosa, podia fazer.

Mesmo sem gostar muito, arrastava a Singer de letras gastas para a sala, abria a janela para entrar luz e tirava a tarde para aturar as nossas manias. As camisas de colarinhos puídos do meu pai e do meu avô passavam  a camisas às riscas com que se podia fazer vista na escola. Das sobras de tecidos da alfaiataria do meu tio fazia saias às pregas e, quando eu pedia muito, dava um jeito a roupa antiga, esquecida dentro de armários. Do mofo e do esquecimento, naqueles anos de aperto, a minha mãe acertou o  casaco Dr. Jivago da minha prima, um conjunto de tweed da minha tia Alice e até o casaco cinzento da minha avó viu a luz do dia.

Contente com aqueles trapos desencantados dos armários, eu usava-os ao estilo alternativo,  misturava com os jeans gastos pelo uso e as camisas que partilhava com o meu irmão. Cada peça de roupa tinha uma história e um percurso, não morria numa estação. Nós não tínhamos direito a isso, a entediar-nos com a cor ou com o feitio. Nós só podíamos  ter esperança  nos milagres da velha máquina de costura da minha mãe.

Ao fim da tarde, depois de coser e descoser roupas antigas, a minha mãe voltava a arrastar a  Singer para o cantinho, no quarto de engomar, mesmo em frente ao espelho. Arrumava as linhas e os botões, os fechos de correr e os restos de tecido antes de cobrir tudo com o pano de reposteiro. Ainda lá está, no lugar onde a minha mãe a deixou vai para 18 anos, depois de me ter feito a saia preta que levei à benção das fitas em Lisboa. O FMI já tinha deixado Portugal, mas a crise levou muitos mais anos a deixar a nossa vida e a nossa casa no Laranjal.

 

Ver mais crónicas, interessantes porque são recordações dos tempos passados e são validas tanto para as ilhas como para o continente,visto que há vários traços comuns:

Aprendiz de costura

A chuva e o Outono

O grande cisma

O dia do Monte

O tempo de uma lei

'A gente não sabia...'
A excursão da paróquia

Terra e água

Molière na cozinha a lenha

O futuro: Nesta altura das reportagens, quando entram em cena os pais modernos, tolerantes e democráticos, percebo que é oficial: não sou deste século. Imagem_cubo_magico

Tão alto como as estrelas

Velharias

A rota da saudade

O balanço

O cubo mágico

A sorte

Bolos

Feliz Natal

...

sábado, 18 de setembro de 2010

Festival Colombo 2010 - Porto Santo

In "Turismo da Madeira":

NAU-dO Festival Colombo surgiu, pela primeira vez, no ano 2000 com o objectivo de dinamizar e fomentar uma oferta turístico-cultural de qualidade na ilha do Porto Santo.

Baseado na figura histórica de Cristóvão Colombo, intimamente relacionada com a Madeira enquanto comerciante de açúcar durante a época áurea do produto na ilha, bem como pelo seu casamento com Filipa de Moniz, filha de Isabel Moniz e de Bartolomeu Perestrelo, primeiro Capitão Donatário do Porto Santo, este evento não é mais do que um tributo àquele que se viria a tornar num ilustre navegador do século XV.
Nos últimos anos optou-se por um formato de festival que tem por base a recriação histórica do quotidiano quinhentista, concretamente da época marcada pela passagem de Colombo por aquela ilha, encantando turistas e residentes.
O programa do certame inclui uma feira e ceia quinhentistas, o desembarque de Cristóvão Colombo, uma guarnição militar, um espaço infantil com jogos renascentistas, artes circenses, cenas teatrais, actuações de bandeirantes e animação diversa e constante, que inclui música variada e danças europeias e orientais.
É reivindicada a participação e inclusão da população local e turistas na figuração do festival, sendo, para o efeito, disponibilizados trajes da época devidamente enquadrados no espírito do evento.
Simultaneamente decorrem acções variadas, que incluem gastronomia, artesanato e outras actividades, gerando-se uma animação permanente e um alvoroço constante por entre as várias figuras características da época.

Ver:

Festival Colombo já anima o Porto Santo:

13_162467 Pelas 19h00 teve início a arruada pelas ruas e praças do burgo com início na Av. Infante D. Henrique até à Alameda Infante D. Henrique e Praça do Barqueiro, ao som de tambores e gaitas de fole.
O grande momento esperado por todos, Cristóvão Colombo chega na “Nau Santa Maria” e desembarca, na praia em frente à Praça do Barqueiro e seguiu em Cortejo até a sua casa – Casa Colombo (no Museu Colombo). Mais tarde, durante o banquete e na presença de centenas de testemunhas, Cristóvão Colombo anuniou o seu noivado com a filha do Capitão Donatário.As comemorações continuam hoje, com a abertura da Feira Quinhentista também pelas 19h00, seguindo-se o Auto de Abertura do Mercado e às 21h00 a recepção do enviado D’El Rei e comitiva à ilha do Porto Santo.

Festival termina hoje:

13_162484 O Festival Colombo, um dos mais importantes cartazes turísticos da Região Autónoma da Madeira que decorre no Porto Santo, chega hoje ao fim. O momento mais aguardado é o casamento de Cristóvão Colombo com Filipa Moniz, uma recriação histórica que antecede o espectáculo de encerramento, assinalado com malabares de fogo e pirotecnia.

É hoje o último dia do Festival Colombo que, durante três dias, animou as gentes do Porto Santo e visitantes.
O programa será composto pelo Cortejo de Cavaleiros d’Armas, o Torneio de Cortesia na Liça do Mercado, procedido de Adubamento de Cavaleiros, ataques de piratas salteadores, num combate corpo a corpo, com direito a julgamento em praça pública.
O momento mais ansiado da noite, o casamento de Cristóvão Colombo com Filipa Moniz, antecede o espectáculo de encerramento com malabares de fogo e pirotecnia.

Festival de Colombo enche ruas de vida:

Por estes dias, música, dança, arruadas, saltimbancos e espectáculo de malabarismo de fogo enchem de vida as ruas do Porto Santo, num quadro global 'vivo' composto pelas actividades inseridas no Festival Colombo que arrancou na quinta-feira e que decorrem até ao dia de hoje. Este sábado, estão previstas novas iniciativas, que arrancam a partir das 19 horas, com a abertura do Mercado Quinhentista. Às 20h30, realiza-se o cortejo dos Cavaleiros e de Homens D'Armas, Torneio de Cortesia na liça do Mercado. Depois de outras actividades, há o ataque de piratas, combates, julgamento e execução na praça púbica. Às 22 horas, realiza-se o esposamento de Colombo com a filha do Capitão Donatário. Às 23 horas, há malabares e pirotecnia.

  • Houve arruada de figurantes, com música à mistura.

  • Ontem, Colombo e comitiva desfilaram pelas ruas. fotos colombopress

Mediatismo de Colombo é muito valioso:

  • Fotos Colombopress

  • Fotos Colombopress

Arruadas anima ruas do Porto Santo:

  • Fotos Colombopress

  • Fotos Colombopress

 
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