Missões na Região escapam aos cortes
In "DNOTICIAS.PT":
Os cortes orçamentais previstos para o próximo ano, incluindo nas Forças Armadas, não vão afectar as missões que a Força Aérea realiza no nosso arquipélago. A garantia foi dada ontem no Porto Santo pelo Chefe de Estado Maior da Força Aérea, major-general Luís Araújo, após a cerimónia de apresentação das novas aeronaves C-295M, que vêm substituir os velhinhos Aviocar. O secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, presidiu ao acto oficial.
"O impacto da redução orçamental para 2011 em todos os sectores de actividade do Estado Português, no que à Força Aérea diz respeito não terá qualquer impacto naquilo que temos feito na missão na Madeira em termos do apoio às populações e na missão que fazemos que é a evacuação sanitária [de doentes do Porto Santo] e na busca e salvamento. Aí não haverá de certeza absoluta qualquer redução e haveremos de o fazer com a mesma qualidade e segurança", assegurou Luís Araújo, que recordou que 95% destas missões são imprevistas e urgentes, pelo que não podem ser anuladas.
A Força Aérea compromete-se a participar no esforço de contenção dos gastos públicos mas dentro dos limites que a sua actividade impõe. "Não vamos andar nem rotos, nem esfarrapados, nem esfomeados, nem sedentos. Vamos continuar a operar como temos vindo a operar até aqui porque só há uma forma de operar aeronaves, que é operar bem", avançou o chefe deste ramo das Forças Armadas. Ainda assim, Luís Araújo admite que possa haver um ajustamento nas horas de voos, "não de uma forma transversal e cega mas sim por frotas, vendo onde é que se pode cortar mais ou menos". É também previsível a dispensa de pessoal contratado.
As questões financeiras também estiveram presentes nas palavras do secretário de Estado, que criticou quem questiona o investimento na modernização dos meios das Forças Armadas. "Quando ouvimos algumas pessoas fazerem demagogia sobre a utilidade deste tipo de investimentos, bem lhes poderíamos dar o exemplo da Madeira e da sua população e de todas as missões que este novo destacamento da Força Aérea em Porto Santo vai poder prover e realizar", afirmou Marcos Perestrello.
Os novos C-295M vão cumprir missões de busca e salvamento e missões de soberania na Zona Económica Exclusiva, que vão desde o controlo de tráfego marítimo à detecção e controlo da poluição e à protecção e defesa dos recursos naturais. O destacamento do Porto Santo custa entre 2,5 a 3 milhões de euros ao ano, cerca de 1% do orçamento da Força Aérea.
C-212 aviocar
Construtor: CASA (Espanha) Entrada ao serviço: 1976 Velocidade: 140 nós Autonomia: 5 horas N.º de passageiros: 16 Tripulação habitual: 3 Altitude máx: 10.000 pés Carga máxima: 2.000 quilos Custo de hora de voo: 1.600 euros
C-295
Construtor: EADS/CASA (UE) Entrada ao serviço: 2008 Velocidade: 240 nós Autonomia: 10 horas N.º de passageiros: 66 Tripulação habitual: 3 Altitude máx: 25.000 pés Carga máxima: 8.000 quilos Custo de hora de voo: 1.500 euros
Ver:
“Cortes” na Força Aérea não condicionam missão
Implantação da aeronave c295 na Madeira: Fotos Hélder Santos/Aspress:
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