quinta-feira, 31 de março de 2011

Nuvem radioactiva chega a Portugal

In "TVNET":

A nuvem de radioactividade lançada pela central nuclear de Fukushima já estará sobre Portugal mas em quantidades que não representam riscos para a saúde. Iodo radioactivo vindo da central nuclear de Fukushima já chegou, igualmente, à Coreia do Sul, Estados Unidos, Vietnam e China.

O arquipélago dos Açores é o primeiro a ser atingido pela nuvem mas apenas em altitudes elevadas. Apesar disso, os responsáveis explicam que, na pior das hipóteses, o que estará a chegar aos Açores é milhões de vezes inferior ao que se observa no Japão. As substâncias radioactivas devem atingir Portugal continental nos próximos dias e evoluir para o resto da Europa e Médio Oriente.

Entretanto, o Instituto coreano para a segurança nuclear indicou ter detetado vestígios de iodo 131 em Seul e em sete outros locais do país. As autoridades começaram a testar os peixes apanhados nas suas próprias águas, para verificar que não sofrem de qualquer contaminação radioativa.

Também os Estados Unidos garantiram ter detectado indícios de radiação na água da chuva de diferentes Estados americanos. Já na China e no Vietnam, também foram econtrados vestígios de radiação.

Os vestígios radioactivos são, apesar disso, extremamente baixos.

 

Ver:

Radioatividade da usina de Fukushima atinge ao menos 7 países na Europa‎:

A Europa detectou os primeiros traços de radiação provenientes da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão. O material vazou e se espalhou na água e no ar desde que os reatores nucleares foram parcialmente destruídos pelo terremoto seguido de tsunami no dia 11 de março. Alemanha, Espanha, França, Itália, Irlanda, Suécia e Noruega estão entre os países que já confirmaram ter encontrado partículas da substância radioativa iodo-131.

Partículas radioativas de Fukushima atingem EUA, Canadá e já chegam a parte da Europa:

O "Césio 137" e o "Estrôncio 90" também chegaram à Europa, mas, embora sejam perigosos, ainda não são motivos de preocupação.

Radiotividade chega aos Açores sem risco para a saúde:

Partículas de gás Xenon 133, resultantes da central nuclear de Fukushima, no Japão, foram detetadas nos Açores, afirmou hoje o investigador universitário Félix Rodrigues, adiantando que os “vestígios mínimos” encontrados não causam perigo para a saúde.

Vestígios de radioactividade de Fukushima chegam a Portugal, sem riscos para a saúde:

A nuvem de radioactividade lançada pela central nuclear de Fukushima já estará sobre Portugal, mas em quantidades vestigiais, sem riscos para a saúde.

Este é o resultado indicado por um modelo de dispersão atmosférica aplicado por investigadores portugueses, com base em dados disponíveis no Japão e noutros países.


O arquipélago dos Açores é o primeiro a ser atingido pela nuvem, mas apenas em altitudes elevadas. O modelo sugere a presença dos elementos radioactivos xenon 133 e césio 137 a mais de 2000 metros de altitude. “Na pior das hipóteses, o que estará a chegar aos Açores é milhões de vezes inferior ao que se observa no Japão”, afirma o investigador Félix Rodrigues, acrescentando que não há quaisquer riscos para a saúde humana ou para os ecossistemas.


Segundo Félix Rodrigues, tanto o modelo utilizado pela Universidade dos Açores, quanto outros que têm vindo a ser empregues em outros países, sugerem que quantidades vestigiais de elementos radioactivos também já terão chegado a Portugal continental, assim como a boa parte da Europa.


Um exercício semelhante realizado na semana passada pela agência francesa de meteorologia mostra a expectável dispersão da radiação de Fukushima por praticamente todo o hemisfério Norte (ver aqui). Em França, o resultado dos modelos foi confirmado por análises a partículas atmosféricas, que revelaram a presença de vestígios de iodo radioactivo em Paris – mas igualmente sem riscos para a saúde.


No caso dos Açores, Félix Rodrigues afirma que as simulações não apontam para valores anormais de radiação ao nível do solo. A Rede de Alerta de Radioactividade no Ar, da Agência Portuguesa do Ambiente, não registou, desde 11 de Março – data do sismo e tsunami que causaram o acidente nuclear de Fukushima –, qualquer variação significativa na radiação no ar na estação de Ponta Delgada. Os valores registados – 0,13 microsieverts por hora – correspondem à radiação natural encontrada na região.


“Não há alterações, nem é expectável que venha a haver, dada a distância a que os Açores se encontram do Japão”, disse à Lusa o secretário regional do Ambiente e do Mar, Álamo Meneses. “A região, em conjunto com a Agência Portuguesa do Ambiente, estão a efetuar as monitorizações adequadas”, acrescentou Meneses. Estão a ser feitas medições em duas estações na ilha de São Miguel.


Segundo Félix Rodrigues, somente uma detecção muito precisa conseguirá identificar uma alteração na radioactividade no ar que corresponda à situação revelada pelos modelos. O investigador chama também a atenção para as incertezas associadas à modelação.


A simulação da evolução da pluma nuclear de Fukushima foi feita com base em dados reais de concentração de elementos radioactivos no Japão, Havai e costa Oeste dos Estados Unidos.


A maior parte da radiação, diz Félix Rodrigues, tende a ficar pelo caminho. Elementos como o césio 137 – mais preocupante, dado que persiste no ambiente por três décadas – precipitam mais junto à fonte. Outros, como o iodo e o xenon radioactivos, têm uma meia-vida bem mais curta, de poucos dias.

Chegaram a Lisboa e Açores vestígios da nuvem radioactiva, mas sem perigo para a saúde:

Vestígios ínfimos da nuvem radioactiva libertada pela central de Fukushima, no Japão, já chegaram à grande Lisboa, anunciou hoje, quinta-feira, o Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN). As quantidades detectadas de elementos radioactivos são “muito baixas e não representam quaisquer perigos para a saúde pública”, refere uma nota do instituto.

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Picos que representam elementos radioactivos, medidos hoje pelo ITN (D.R.)

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O resultado das medições de ontem pode ser visto num gráfico na página do ITN na Internet, em que cada pequeno pico é a assinatura de um elemento radioactivo.

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