Incêndios obrigam 500 mil pessoas a abandonar casas na Califórnia

Mais de 500 mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas residências nos últimos três dias no sul da Califórnia, que desde domingo é devastado por incêndios. As chamas, que continuam por controlar, já provocaram a destruição de cerca de 1300 casas e mais de uma centena de empresas.

 

Segundo dados oficiais, outras 68 mil casas estão em perigo devido à proximidade das chamas, incluindo as mansões de celebridades como Mel Gibson e Barbra Streisend na famosa praia de Malibu.

Enquanto o balanço provisório do número de vítimas dos fogos continua em um morto e mais de 20 feridos, o Presidente norte-americano, George W. Bush, ordenou o desbloqueio de uma ajuda federal de emergência para apoiar as populações afectadas.

Cerca de uma dúzia de focos de incêndio devastaram já mais de mil quilómetros quadrados, destruindo habitações e obrigando a que pelo menos 200 mil propriedades fossem evacuadas na região de San Diego, bem como um estabelecimento prisional e um hospital.
Do norte de Los Angeles à fronteira mexicana, mais de dois mil bombeiros apoiados por 30 aeronaves e helicópteros combatem as chamas, já visíveis a partir do espaço. A densidade do fumo provocado pelas chamas levou mesmo os serviços de meteorologia a confundi-lo com sinais de precipitação de chuva.
O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, ordenou a mobilização de 1500 soldados para o sul daquele estado norte-americano, depois de no último domingo ter declarado o estado de emergência. Schwarzenegger conseguiu junto do Pentágono que seus aviões militares fossem transformados em aparelhos de combate às chamas.
Os bombeiros californianos esperam agora a chegada de reforços vindos do Arizona, Nevada e norte da Califórnia, segundo o chefe dos bombeiros do condado de Los Angeles, Michael Freeman, que admite que, com base nas condições meteorológicas (vento forte de 97 a 160 quilómetros/hora, nível baixo de humidade, temperaturas de mais de 30 graus), poder-se-á dar uma “catástrofe”.
Os incêndios, um deles pelo menos de origem criminosa, são já considerados dos mais graves registados na Califórnia, fortemente afectada pela seca. No final de 2003, pelo menos 22 pessoas morreram vítimas de fogos que destruíram 3000 habitações e devastaram cerca de 3000 quilómetros quadrados de área.

Referencia: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1308450