Telemóveis associados a maior risco de cancro
In "PUBLICO.PT"
Investigação publicada no American Journal of Epidemiology:
As radiações das ondas emitidas pelos telemóveis aumentam o risco de cancro das glândulas salivares, segundo um estudo de investigadores israelitas divulgado hoje pela AFP e publicado na edição de Dezembro da American Journal of Epidemiology.
O trabalho permitiu concluir que os riscos deste tipo de cancro são 50 por cento maiores para os utilizadores frequentes de telemóveis (22 horas por mês ou mais). O perigo aumenta se os utilizadores usarem frequentemente a mesmo lado (orelha) para a comunicação. “Os resultados sugerem que existe uma relação de causa efeito entre os telemóveis e o desenvolvimento de tumores nas glândulas salivares”, concluem os investigadores.
Num grupo de 460 doentes, 58 desenvolveram tumores malignos e em 402 foram detectados tumores benignos das glândulas.
A investigação foi liderada por Sigal Sadetzki, do centro médico Tel Hashomer de Tel Aviv e terá sido apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A possível ligação entre o cancro e a utilização dos telemóveis tem sido muito estudada ao longo dos anos. Aparentemente, ainda não existem provas que permitam concluir que existe uma relação directa entre o aparecimento de tumores no cérebro e os aparelhos, no entanto, alguns especialistas defendem que devem ser aprofundados os estudos que se dediquem à utilização a longo prazo.
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OS CAMPOS ELECTROMAGNÉTICOS
As emissões de campos electromagnéticos devem ser claramente diferenciadas entre emissões ionizantes e não ionizantes.
As emissões ionizantes correspondem, como descrito na Fig.1, a frequências elevadas, superiores a 1 milhão de GHz. As radiações emitidas a estas frequências dispõem de energia quântica suficiente para realizar a libertação de electrões dos átomos de matéria exposta a esta radiação (Ionização), podendo portanto quebrar ligações químicas e permitir o aparecimento de novas formações atómicas e moleculares.
As emissões não-ionizantes, com frequências mais baixas, como as usadas nas comunicações móveis (0.9 a 2.2 GHz), só dispõem de energia suficiente para provocar o aumento de temperatura dependendo da potência de emissão usada sem que se verifique qualquer alteração conhecida das formações celulares. Esta variação de temperatura tem um amplitude relativamente baixa e desprezável se comparada com outras variações de temperatura provocadas por factores naturais a que somos submetidos no nosso dia a dia.
Fig.1 - Espectro electromagnético
RECOMENDAÇÕES E REGULAMENTAÇÃO
A Comunidade Europeia publicou a directiva 1999/519/EC de 12 de Julho de 1999 estabelecendo os níveis máximos de exposição a campos electromagnéticos. Os limites estabelecidos são concordantes com os definidos pelo ICNIRP(International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection).
Sistema de Comunicações Móveis | Intensidade do Campo Eléctrico E (V/m) | Intensidade do Campo Magnético H (A/m) | Densidade de Potência(W/m2) |
GSM 900 MHz | 41.25 | 0.11 | 4.5 |
DCS 1800 MHz | 58.33 | 0.16 | 9 |
UMTS 2000 MHz | 61 | 0.16 | 10 |
Tabela 2 - Limites de Exposição a Campos Electromagnéticos
Referencia:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1313057&idCanal=13
http://www.vodafone.pt/main/A+Vodafone/PT/ResponsabilidadeSocial/AntenaseSaudePublica/antenasesaudepublica.htm
Ver:
Noções Básicas sobre ondas electromagnéticas
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