quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Fragata portuguesa enfrenta piratas na Somália

In "Correio da Manhã":

Ao nono dia de missão, a fragata portuguesa ‘Álvares Cabral’ enfrentou uma primeira tentativa de ataque de pirataria ao largo da Somália.

'Estamos a operar a cerca de nove dias na área de operações e foi a primeira vez que a fragata 'Álvares Cabral' teve contacto directo com uma  tentativa de sequestro de um navio por parte de piratas', afirmou o comandante Santos Fernandes à agência Lusa.

Contactado via telefone, o porta-voz da NATO explicou que o alvo do ataque era uma embarcação típica desta região, que tem a designação de 'dhow', e é usada para transporte de materiais e de animais entre os países da região.        

'São embarcações que, a maior parte delas, são de madeira, de construção clássica e antiga, mas que são muito usadas para transporte de mercadorias  na zona de operações', indicou.         

A operação aconteceu enquanto a fragata estava a patrulhar a zona do Golfo de Aden, ao largo da Somália, e recebeu um pedido de socorro.  

Ver:

Fragata portuguesa Álvares Cabral dominou hoje piratas que perseguiam um cargueiro:

A fragata portuguesa NRP Álvares Cabral, navio almirante do grupo marítimo da NATO destacado no Golfo de Áden, interceptou hoje um navio pirata que perseguia um cargueiro, 110 milhas a norte do porto somali de Boosaaso.

Foi com com recurso ao seu helicóptero que a fragata portuguesa conseguiu interceptar os piratas, 60 milhas a sul do corredor de trânsito internacional recomendado, de modo a proteger a navegação marítima que tem de passar pelo Golfo de Áden, anunciou no Reino Unido o quartel-general do Comando Marítimo Aliado, instalado em Northwood.


Um avião de patrulha da Força Naval da União Europeia também colaborou na localização dos piratas e viu que eles estavam a lançar à água uma série de armas, quando se sentiram perseguidos.


Ao fim da manhã, a embarcação pirata foi abordada por uma equipa de fuzileiros portugueses, que a inspeccionaram e identificaram os suspeitos, tendo reunido "importante informação operacional".


"Esta operação naval deve ser vista como um aviso para os piratas de que a NATO e os seus parceiros marítimos estão a cooperar, coordenam bem as suas acções e estão prontos a ajudar a deter os ataques de pirataria no Golfo de Áden", declarou o contra-almirante Pereira da Cunha, comandante da Task-Force da NATO, embarcado na fragata NRP Álvares Cabral.


"A acção de hoje demonstra a resolução das forças da NATO em manterem o Golfo de Áden a salvo da pirataria", afirmou por seu turno outro oficial da Armada Portuguesa, o comandante da própria fragata protagonista da acção, Nobre de Sousa, citado num comunicado distribuido em Northwood.

Do grupo comandado pela Álvares Cabral fazem parte duas unidades norte-americanas e uma italiana.

Sem comentários:

Enviar um comentário

 
View My Stats