quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Moral das Forças Armadas “no limite do razoável”

In "Correio da Manhã":

imagedownload Depois do alerta lançado pelo general Loureiro dos Santos (antigo chefe do Estado-Maior do Exército) para o desespero que está a apoderar-se de alguns militares na sequência das políticas implementadas pelo Governo nas Forças Armadas, é agora a vez do general Gabriel Espírito Santo avisar que o moral e a disciplina dos militares estão “no limite do razoável”.

Num artigo publicado na última edição da ‘Revista Militar’, relacionado com o Orçamento de Estado para o próximo ano, o ex-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) assinala que “só uma acção de comando de alta qualidade tem impedido de evoluir para actos de indisciplina graves, que a Nação não compreenderá”. 

No artigo, o general refere que “a instrução e treino dos militares não obedecem aos padrões recomendados”, sublinhando que “a falta de manutenção” impede o nível de operacionalidade de muitos equipamentos' e que “os compromissos assumidos por Portugal junto da NATO e União Europeia dificilmente poderão ser atingidos com as dotações actuais”.

Para o ex-CEMGFA, o poder político está a pôr em causa o moral e a disciplina nas Forças Armadas. O general Gabriel Espírito Santo acusa mesmo o poder político de ter “falta de cultura de Defesa“, confundindo “a condição militar com funcionalismo público, a função de comando como uma directoria-geral e a disciplina militar com processos disciplinares”.

Ver:   Moral e disciplina das Forças Armadas «estão no limite do razoável»

A Voz da Abita (na Reforma) Moral e Disciplina das Forças Armadas

A instrução e treino dos militares não obedecem aos padrões exigidos

Severiano Teixeira diz que quem fala pelas Forças Armadas são as chefias

A partir de Janeiro de 2009, o Suplemento de Condição Militar vai aumentar de 14,5 para 17,25%

Chefe da Força Aérea confirma erro do ministro

1 comentário:

  1. Haja decência …Sr. Ministro …Se a distinção entre o que é “Condição Militar e funcionalismo público” são aumentos faseados de 14,5% para 20%, mas retirando a componente fixa (29,55€), alguém que explique à opinião pública com “muita clareza e sem confusões” o seguinte: Um Soldado/2º Grumete (Postos BASE nas FA). Índice 88 da actual tabela salarial: a que corresponde 520,92 €, acresce Suplemento da Condição Militar 14,5% (75,53€) e mais o Suplemento da Condição Militar fixo (29,55€) que dá um TOTAL DE ABONOS de 626,00 € Ilíquidos. Ora mesmo que o Governo passe já em 2009 o Suplemento de 14,5 para 20% e tire a componente fixa. Passa a reconhecer a “especificidade” dos nossos Soldados com uma remuneração TOTAL ILIQUIDA de 625.10€. Diferença NEGATIVA de -0.9€. Mas claro, alguém de forma clara e sem confusão justificará que alem do BRILHANTE reconhecimento da especificidade da condição militar, foram tomadas OUTRAS medidas …

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