terça-feira, 29 de dezembro de 2009

'Peter' é o melhor bar do mundo para navegadores

In "DN":

O Peter - Café Sport, na Horta, Faial, foi eleito o melhor bar do mundo para navegadores, numa competição que pretende criar uma rede de pontos de referência para os marinheiros nas suas viagens pelo mundo.

Nesta primeira edição, o 'Peter' - como é vulgarmente conhecido - conquistou o primeiro lugar, deixando em segundo o Royal Hong Kong Yacht Club, enquanto a terceira posição foi conquistada pelo IYAC, em Newport, EUA.

    Na lista dos 10 melhores bares do mundo para navegadores encontram-se ainda locais em St. Barts, nas Ilhas Virgens Britânicas e nas Bermudas.

    O 'Peter' é uma referência para os velejadores de todo o mundo, que fazem deste bar um ponto de encontro e de troca de mensagens nas suas viagens.

    O bar está localizado nas imediações da Marina do Faial, a quarta mais visitada do mundo por embarcações de navegação ao largo, que recebe anualmente cerca de 1.200 embarcações.

A localização desta marina, com 300 pontos de amarração, oferece abrigo contra ventos de todas as direcções, o que a torna uma escala quase obrigatória para os veleiros que viajam entre as Caraíbas e o Mediterrâneo.

O concurso do melhor bar do mundo para navegadores, que se realizou pela primeira vez, é uma iniciativa da Wight Vodka, que já anunciou a intenção de passar a realizar esta iniciativa todos os anos, com o objectivo de definir pontos de referência para os navegadores que cruzam os mares do planeta.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Orçamento do estado para Defesa em 2010 vai aumentar

In "DN":

As reformas aprovadas no final da legislatura anterior na área das Forças Armadas, em especial na rubrica do pessoal, vai implicar um acréscimo na casa dos 100 milhões de euros num orçamento militar que foi superior aos 2200 milhões de euros em 2009. Outra área que será reforçada é a  das missões no estrangeiro, dadas as novas obrigações no Afeganistão.

As Forças Armadas vão ter "algum aumento" nas verbas do Orçamento de Estado (OE) para 2010, em resultado das reformas aprovadas no Verão e para sustentar as missões no estrangeiro, confirmou o DN junto de diferentes fontes.

Esta matéria foi já objecto de uma reunião do ministro da Defesa com os quatro chefes militares no passado dia 9 deste mês, em que Augusto Santos Silva lhes apresentou "os grandes números" e os deixou aparentemente satisfeitos, afirmou um oficial superior. Sobretudo quando os últimos anos lhes trouxeram cortes em linha com as restrições gerais.

Na base desse "ligeiro acréscimo" num orçamento superior a 2200 milhões de euros, apesar das restrições que se esperam já no OE2010 para controlar as contas públicas, estão essencialmente as reformas aprovadas no final da legislatura anterior em matéria de sistema retributivo: o aumento das despesas de representação de algumas funções de comando, o acréscimo no suplemento da condição militar e a colocação dos militares na grelha remuneratória da Função Pública.

Por si só, esta última medida não implicará quaisquer aumentos salariais. Porém, sempre que um militar for promovido, depois de ter "luz verde" dos ministros da Defesa e das Finanças, arrastará consigo a promoção automática de todos os militares mais antigos no mesmo posto - o que tem levado muitos responsáveis, nomeadamente as associações socioprofissionais, a sustentar que "ninguém sabe" o valor do envelope financeiro associado a essas novas regras.

Em termos de números, o único coincidente ouvido junto de várias fontes diz respeito "ao funcionamento" (leia-se, basicamente de pessoal) das Forças Armadas: "10%", que corresponderá, em números redondos, a cerca de 120 milhões de euros (tendo como referência os 1200 milhões orçamentados nessa área em 2009).

No caso das missões no estrangeiro, rubrica em que foram orçamentados 70 milhões de euros para 2009 (mais 12 milhões do que no ano anterior), o aumento não quantificado pelas fontes está relacionado com o aumento do contingente destacado no Afeganistão. Com praticamente uma centena e meia de soldados já em Cabul, Portugal vai enviar outra centena e meia - uma companhia de comandos e alguns controladores aéreos tácticos - em meados de Janeiro de 2010. Quanto à provável redução do contingente no Kosovo, no Outono, não terá ainda efeitos orçamentais significativos, já que será necessário financiar a retracção dessa força.

Por outro lado, a entrada ao serviço de novos sistemas de armas - submarinos, fragatas, viaturas blindadas - impõe novas exigências orçamentais, observou uma das fontes, dada a maior sofisticação tecnológica desses meios e a fase de sobreposição que existe sempre entre as missões a cargo dos equipamentos a substituir e as dos que começam a operar (como tem sido o caso dos aviões de transporte C295).

O aumento dos números no orçamento da Defesa também vai reflectir uma medida não aplicada nos anos anteriores: a obrigatoriedade dos ramos não suborçamentarem as verbas com pessoal, enfatizou uma das fontes políticas.

Quem vai sair a perder é o orçamento para os órgãos centrais do Ministério da Defesa, face à redução de cargos dirigentes e à reestruturação de serviços impostos pela recente reforma orgânica, assinalaram outras fontes.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Trailer do filme "Sexo e a Cidade 2"

O filme "Sexo e a Cidade 2" estreia em 2010:

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Governo suspende corte das pensões militares

In "PUBLICO.PT":

288388 A nova equipa do Ministério da Defesa suspendeu um dos polémicos artigos do regime remuneratório dos militares – aprovado ainda pelo ex-titular da pasta, Nuno Severiano Teixeira – que previa um corte nas pensões dos efectivos. O objectivo é travar a saída de muitos militares que pediram para passar à reserva até ao final do ano, para evitarem a redução que entraria em vigor em Janeiro, noticia o “Diário de Notícias”.

Em causa está a aplicação do artigo 15º desse novo regime remuneratório dos militares e que deveria entrar em vigor já no próximo dia 1 de Janeiro. O artigo estabelecia que os militares na reserva só teriam direito ao suplemento da condição militar e aos subsídios de "perigosidade, insalubridade, risco e desgaste" se essas funções forem exercidas no último posto das respectivas carreiras.


Uma regra que provocaria uma grande redução dos suplementos, em especial para aqueles militares que, no fim de carreira, já não estão em condições de desempenhar as funções com mais exigência física. Além disso, o montante das remunerações na reserva seria reduzido pois os militares ficariam vinculados ao desempenho efectivo de funções e não à contagem de tempo.


Segundo o mesmo jornal, um despacho interpretativo do secretário de Estado Marcos Perestrello acaba com estas dúvidas, pelo menos até haver regulamentação, para que não se criem injustiças entre os que passam à reserva este ano ou nos seguintes.


O documento tinha sido aprovado a 20 de Agosto deste ano com a assinatura do primeiro-ministro e dos secretários de Estado Adjunto e do Orçamento, Emanuel Augusto dos Santos, e da Defesa, João Mira Gomes, tendo sido promulgado pelo Presidente da República a 2 de Outubro e publicado a 14.

Ver:

Governo trava corte nas pensões militares:

Ministro da Defesa Augusto Santos Silva e o general Valenca Pint A nova equipa do ministério suspendeu um artigo do criticado regime remuneratório dos militares, aprovado pelo ex-ministro Severiano Teixeira. O objectivo é evitar a passagem à reserva, até ao final do ano, de muitos militares que trabalham em áreas operacionais. Os pedidos acumularam-se para evitar a redução das pensões, que entrava em vigor em Janeiro.

O Ministério da Defesa aprovou um despacho que deverá evitar a saída das fileiras, até ao próximo dia 31, de muitos militares que a requereram depois de aprovado o novo sistema retributivo, revelaram ontem fontes militares ao DN.

Em causa está a aplicação do artigo 15º desse novo regime remuneratório dos militares - entra em vigor no próximo dia 1 de Janeiro de 2010 - e que define a forma de cálculo da pensão dos militares na situação de reserva.

Na prática, o artigo tinha um efeito restritivo sobre essas pensões, estabelecendo que os militares na reserva só terão direito ao suplemento da condição militar e aos de "perigosidade, insalubridade, risco e desgaste" (que não estão regulamentados, frisou a Associação Nacional de Sargentos) se essas funções forem exercidas no último posto das respectivas carreiras.

Essa alínea, segundo as mesmas fontes, produz efeitos negativos a vários níveis. Primeiro, "provocará uma redução substancial" dos suplementos a receber, pois muitos desses especialistas (dada a dureza dessas funções) já não as desempenha no final da carreira - como é o caso dos pilotos-aviadores ou dos submarinistas. Depois, ao vinculá-los ao desempenho efectivo de funções e não à contagem de tempo (que podia ir até aos 40%), impede que um militar com 26 anos de serviço efectivo deixe as fileiras a receber suplementos correspondentes a 36 anos de tempo de serviço efectivamente contado - o que reduz o montante das remunerações na reserva. A opção alternativa é obrigar os militares a estar mesmo 36 anos em "exercício efectivo de funções", para receber o total desses suplementos.

Segundo fontes militares, o despacho interpretativo do secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, elimina as dúvidas existentes nas fileiras, ao suspender a aplicação daquele artigo - pelo menos até que esteja regulamentado, mantendo em vigor a interpretação actual. Tal poderá ocorrer com a publicação do diploma sobre os referidos suplementos de risco ou perigosidade, entre outros, que ficou de fora do novo sistema remuneratório.

Na prática, a medida pode evitar também uma "situação de injustiça" entre os militares que passam à reserva até ao fim deste ano e os que o fizessem nos anos seguintes (a partir de 2010).

O Ministério da Defesa, contactado pelo DN, não respondeu até ao fecho da edição.

Já o presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), coronel Alpedrinha Pires, reconheceu que a decisão do Ministério evitará que "sejam afectados os recursos humanos essenciais à operacionalidade" dos três ramos - que poderiam escassear, caso os pedidos de reforma fossem todos aprovados.

Submarinistas, mergulhadores ou controladores são algumas especialidades operacionais onde houve um número substancial de pedidos para sair entre militares a quem os ramos já não podiam impedir a passagem à reserva.

O novo regime remuneratório dos militares, publicado em Outubro, foi um diploma sistematicamente arrasado pelas associações militares e pelos próprios ramos das Forças Armadas.

Segundo as fontes do DN, o próprio chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) elaborou recentemente um "volumoso dossier" sobre o assunto para discussão com o novo ministro Augusto Santos Silva. A Associação Nacional de Sargentos, na recente audiência com o governante, entregou-lhe também um documento sobre o caso.

A indefinição criada foi tal que, num dos documentos internos da Armada, a que o DN teve acesso, se fez um apelo: "As respostas a obter em sede própria terão que ser necessariamente numa linguagem clara (evitando linguagem jurídica exotérica) e susceptível de ser devidamente compreendida por toda a guarnição, que obviamente não possui formação jurídica consentânea."

Marinha em risco de perder submarinistas

In "DN":

 Documento da Marinha indica que "um número significativo" dos 128 efectivos das guarnições do 'Barracuda' e do 'Tridente' quer sair até ao dia 31.

Os submarinistas da Armada são uma das especialidades onde "um número significativo" de militares "em situação de poderem passar à reserva", até ao fim do ano, "já manifestou a sua vontade de o fazer", diz um documento interno do ano a que o DN teve acesso.

"É importante referir que cerca de 100% das praças e sargentos e 70% dos oficiais veio forçada para a especialização de submarinos, apesar de todos os incentivos criados pela Marinha e que a maioria destes realizou longas comissões de embarque em condições penosas de insalubridade e de perigo", lê-se no texto. Note-se que a Armada tem, segundo dados oficiais, 128 militares submarinistas: 23 oficiais, 47 sargentos e 58 praças.

"É importante dar conhecimento superior que existe um sólido sentimento de injustiça, generalizado, nos submarinistas e mergulhadores contra um Estado que altera a relação entre deveres e recompensas, depois dos deveres já terem sido realizados e antes de se poderem usufruir plenamente das recompensas prometidas", ambiente que fomenta "uma degradação da motivação, coesão e disciplina" desses efectivos, alerta o mesmo documento.

Entre as razões de queixa dos submarinistas está a redução, de 40% para 15%, no diferencial do cálculo da contagem de tempo de serviço entre eles e os das restantes especialidades da Armada. Acresce que a recente imposição dos 36 anos de serviço e 55 anos de idade para passar à reserva fez com que esse aumento de tempo de serviço "deixasse de ter qualquer significado prático".

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Sismo de 6.0 na escala de Richter sentido em Portugal

In "Económico":

A terra tremeu esta madrugada em Portugal. O sismo de magnitude 6 na escala de Richter foi sentido em todo o território, mas não causou danos.

O abalo, que durou dois minutos, aconteceu às 1h37, e teve o seu epicentro no mar, a 30 quilómetros de profundidade, a 185 quilómetros de Faro e a 265 quilómetros de Lisboa, segundo o 'site' de geofísica dos Estados Unidos (USGS - United States Geological Survey).

Entretanto o Instituto de Meteorologia registou mais 11 réplicas, mas todas de menor intensidade.

O ministro da Administração Interna esteve na sede da Autoridade Nacional de Protecção Civil para acompanhar a situação e já considerou que o sismo de hoje acabou por ser um bom teste para a prontidão da protecção civil.

"Podemos concluir que não há registo de danos pessoais nem de danos materiais. Podemos concluir que houve depois algumas réplicas de menor intensidade e que o sistema funcionou mais uma vez bem, com um volume de consultas muito significativo a seguir ao sismo, e com uma boa comunicação entre os responsáveis", afirmou Rui Pereira, citado pela RTP.

"Foi um teste mais uma vez para a prontidão da protecção civil e esperamos que todas as situação reais não passem de testes destes, que não haja danos a verificar nem a lamentar no futuro", acrescentou.

Ver:

Sismo de 6.0 na escala de Richter:

Sismo não causou vítimas nem danos estruturais:

sismo Desde o primeiro abalo, às 01h37, até à 16ª réplica do sismo ocorrido esta madrugada em Portugal continental, não há qualquer registo de vítimas ou danos estruturais, segundo o último balanço feito pela Autoridade Nacional de Protecção Civil. Com uma magnitude de 6.0 na escala de Richter, o abalo foi registado na rede sismológica dos Açores três minutos depois de ter ocorrido e sentido no sul de Espanha e ligeiramente em Madrid.

 

 

Foi classificado pelo presidente do Instituto Nacional de Meteorologia como o maior sismo registado desde 1969 em Portugal. Adérito Serrão sublinhou, em declarações à Lusa, que o abalo foi de “forte intensidade, mas não causou estragos, não danificou estruturas” nem causou vítimas.

Com a duração de alguns minutos, mas sentido apenas por alguns segundos por muitos portugueses, o sismo teve o epicentro no Oceano Atlântico, a 185 km de Faro e a Oeste de Gibraltar. O abalo foi sentido um pouco por todo o país, mas foi na região sul que foi registado com mais intensidade.

A Protecção Civil do Algarve avançou que recebeu dezenas de chamadas telefónicas e muitas pessoas com receio das réplicas do sismo foram para a rua. No Alentejo, o cenário repetiu-se, mas sem registo de quaisquer incidentes com gravidade. Em Lisboa e no Porto também houve relatos sobre o abalo, mas nenhum sobre a ocorrência de danos.


A Protecção Civil tem estado a monitorizar toda a informação e deverão ocorrer avaliações locais, na sequência de alertas das populações, das câmaras ou dos serviços municipais de protecção civil.


O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, deslocou-se entretanto às instalações da Protecção Civil, em Lisboa, para se “inteirar de todo o processo”.


O sismo foi ainda registado pela rede sismológica dos Açores três minutos depois de ter ocorrido, sem ter sido sentido pela população. Segundo o Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos, foi assinalado naquele arquipélago às 00h40 locais (01h40 em Lisboa).


O abalo chegou a sentir-se em Espanha. Fonte do Instituto Geográfico Espanhol confirmou à Lusa que recebeu notificações de vários pontos do país de pessoas que confirmaram ter sentido o abalo, com maior intensidade no sul do país. Relatos de residentes na Andaluzia, sul do país, deram conta de terem sentido o abalo com “bastante força” no interior de edifícios, que em alguns casos chegaram a abanar durante alguns segundos.

 

Sismo desta madrugada foi o maior em 40 anos e já teve 16 réplicas

Abalo foi o maior sentido em Portugal nos últimos 40 anos

E se o sismo de ontem tivesse sido em terra?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Programa atrasado - Modernizar F-16 já custou 442 milhões

In "Correio da Manhã":

F-16 O programa de modernização dos caças F-16 está atrasado dois anos e só deverá estar concluído em Julho de 2013, conclui uma auditoria do Tribunal de Contas. "Ao fim de oito anos, o programa de modificação dos F-16 absorveu mais de 442 milhões de euros, tendo sido entregues apenas 12 das 40 aeronaves previstas", diz o relatório de auditoria do TC.

Uma das razões para que travam a concretização deste programa está no forte atraso da entrega dos aviões por parte da empresa Indústria Aeronáutica de Portugal (OGMA), pelo que o TC defende o pagamento de compensações à Força Aérea.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Valença Pinto abre polémica com submarino

In "DN":

O principal chefe militar diz que só após a chegada do primeiro submarino, em Janeiro, "será procurada para eles a melhor aplicação". Políticos e militares ficaram perplexos e criticam o CEMGFA

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Valença Pinto, lançou este fim-de-semana novas dúvidas sobre a utilidade do programa dos submarinos, onde Portugal investe mais de 1000 milhões de euros.

Questionado pela Antena 1 sobre "como é que vai ser rentabilizado o investimento feito" nessa arma, o general respondeu: "Quando os submarinos chegarem, à medida que forem chegando, certamente que será procurada para eles a melhor aplicação e a melhor rendibilização, no quadro das missões das Forças Armadas que estão consagradas desde 2005 e é aí que vamos encontrar...."

Interrompido pela entrevistadora - "Ainda não há missão conhecida para esse primeiro submarino [que chega dentro de um mês]?" -, o CEMGFA acrescentou: "Conhecem-se, em tese, as capacidades dos submarinos (...) e é nesse contexto que procuraremos a melhor aplicação desse novo recurso."

As declarações do general Valença Pinto - quando se ouvem vozes a advogar a venda dos sub ou mesmo a encontrar forma de cancelar o contrato - suscitaram grande surpresa junto das fontes políticas e militares ouvidas pelo DN.

O deputado João Rebelo (CDS), do partido cujo líder- Paulo Portas, como ministro da Defesa - assinou o programa de compra dos submarinos (2004), disse ter ficado "um bocado perplexo". "A capacidade submarina, para o Estado, está definida não só nas verbas para a adquirir como também nas missões em que vão ser usados", frisou.

"Quando [o CEMGFA] vem dizer que 'em tese são conhecidas as capacidades dos submarinos', não é em tese, mas na prática, porque as missões do passado [com os submarinos a abater] são as do futuro: garantir a soberania nos mares sob responsabilidade portuguesa e como meio de dissuasão contra tráficos ilícitos", adiantou. Acresce que "as declarações (...) põem em causa a decisão de fazer o concurso, lançado em 1998 e depois mantido por vários Governos".

Rui Fernandes, do PCP, disse esperar "que os submarinos sejam aplicados em missões de interesse público" - o argumento usado "para justificar a sua aquisição face ao seu enorme custo" - e deixou um recado: quem fala em "projectos que vão hipotecar as gerações futuras são os mesmos que decidiram comprar os submarinos cujo custo hipoteca [essas] gerações".

A nível militar, o espanto não foi menor. "Em tese?", interrogou-se um oficial, sob anonimato. "Em tese e na prática, qualquer chefe militar deve saber quais são as missões dos meios que vão ser recebidos", sustentou a fonte. "Quando chegarem? Mas já se sabe, desde que se compraram, para que servem. No mínimo, para substituir os que foram abatidos (um ainda funciona, sabe Deus como...)", adiantou.

O vice-almirante Reis Rodrigues disse ter a "certeza" que o CEMGFA "conhece os aspectos essenciais do emprego operacional de submarinos". Como tal, "imagino que não faltarão oportunidades, proximamente, para deixar o assunto esclarecido e todos perceberem, de forma simples, o contributo que esses meios darão em termos de segurança", sublinhou.

O general Loureiro dos Santos lembrou a posição de há anos sobre o tema: "Foi errada a prioridade atribuída à sua aquisição, em relação a outros equipamentos militares cuja necessidade é mais premente, no actual e previsível contexto estratégico do nosso país."

Para o general Eduardo Silvestre, um crítico de Valença Pinto, "é absolutamente inconcebível que o CEMGFA, responsável primeiro pelo emprego operacional das Forças Armadas, esteja a aguardar a chegada dos submarinos para 'procurar a melhor rendibilização e a melhor aplicação para eles'". Acresce que "dá claramente a entender (...) que não concorda com a aquisição dos submarinos".

Para o ministro Augusto Santos Silva, os submarinos são "uma capacidade de que a Marinha precisa para (...) desempenhar as funções que lhe estão cometidas".

 

Ver:

Um programa com muitas dúvidas

VALENÇA PINTO NÃO QUER SUBMARINOS

sábado, 5 de dezembro de 2009

Concerto integral de Alicia Keys

In "Alicia Keys Live! on YouTube":

Planes Nearly Collide Midair

In "Yahoo! News":

Pilots had to take sudden evasive action to avoid colliding.

36 Hours in South Beach, Fla.

In "NYTimes.com":

SOUTH BEACH gets a lot of abuse from residents. Too much cologne, critics say; too expensive, too crowded. But like other American meccas of decadence, SoBe still has an irresistible, democratic pull. For everyone from the pale Iowa retiree to the Bentley-driving rapper, it remains the place to strut shamelessly. And even jaded locals still indulge. They may not be taking photos. And perhaps they’ll be dressed a bit more causally, but bet on this: They’re checking in with the classics and keeping up with the latest trends like everyone else — except they don’t need to flaunt it.South-Beach

Ver:

Florida > Miami > 36 Hours in South Beach, Fla.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Activação do Aeródromo de Manobra Nº 3 em Porto Santo

In "FAP":

Foi activado no passado dia 25 de Novembro, data em que celebra o Dia da Unidade, o Aeródromo de Manobra Nº3, em Porto Santo, Madeira.

O evento iniciou-se com a Cerimónia Militar, presidida por Sua Excelência o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Luís Araújo, que contou com a presença das mais altas chefias do Ramo e das autoridades locais.

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Seguiu-se uma visita à exposição temática sobre operações de Busca e Salvamento, e uma demonstração da Equipa Cinotécnica da Unidade, com os cães militares.

Os convidados tiveram ainda oportunidade de visitar a exposição estática das aeronaves da Força Aérea e a partir das 16H00 o Aeródromo abriu as portas à população local e foram proporcionados, aos alunos dos estabelecimentos de ensino de Porto Santo, baptismos de voo no helicóptero EH101 MERLIN.

Ver:

Unidade do Porto Santo terá capacidade autónoma:

14_139004 A Unidade do Aeródromo de Manobra do Porto Santo (AM3) está, desde ontem, “baptizada” com o seu novo nome, numa cerimónia presidida pelo chefe de Estado-Maior da Força Aérea, General Luís Araújo, que descerrou a placa identificativa do novo estatuto do ex-destacamento da Força Aérea na ilha dourada. O responsável também investiu Joaquim Ferreira como comandante daquela unidade, dando continuidade ao trabalho até então desenvolvido no destacamento.


À margem do programa comemorativo, o general Luís Araújo disse aos jornalistas que o destacamento do Porto Santo era «um filho da Força Aérea» que ainda não tinha nome. «Esta cerimónia simples mas de elevado significado dá nome a um dos nossos filhos que passou a ser o Aeródromo de Manobra nº 3, portanto, é uma unidade da Força Aérea, uma plataforma de projecção de poder aéreo e assim irá crescer e continuar a sua missão».
Explicando que a missão mantém-se a mesma, o chefe de Estado-Maior da Força Aérea falou dos meios aéreos existentes, nomeadamente os helicópteros EH101 e o aviocar. Está prevista, para o primeiro semestre de 2010, a chegada do C295.


Reconhecendo que o AM3, que conta com 15 militares e cerca de trinta funcionários civis em serviço, carece de várias infra-estruturas, o general Luís Araújo divulgou que, no próximo ano, serão criadas infra-estruturas necessárias, estando no topo das prioridades «uma parada, porque não há quartéis sem paradas e isto é um quartel». Seguir-se-á a infra-estruturação ao nível de alojamentos para oficiais, sargentos e praças, que serão também dotados de cozinhas e zonas de alimentação. «Depois, vamos continuar a investir de acordo com os recursos disponíveis, mas vamos criar uma capacidade autónoma no Aeródromo de Manobras nº 3», assegurou o militar. «Os investimentos serão os necessários, de acordo com o erário público e o orçamento que nos vai ser dado para 2010. Será faseado, porque não se pode fazer tudo de uma vez».


Por outro lado, o general Luís Araújo lembrou que termina o seu mandato no próximo dia 18 de Dezembro e, caso venha a assumir nova missão, admitiu que «gostava muito que o Dia da Força Aérea em 2010 fosse na Madeira», uma decisão que será tomada, caso continue a desempenhar as No que se refere à vinda de uma ou mais parelhas de F-16 para a Madeira, o chefe de Estado-Maior da Força Aérea lembrou que esse projecto faz parte dos planos da instituição militar. «A Madeira é parte do território nacional, somos responsáveis pela vigilância e controlo do espaço aéreo na abrangência do território nacional e faz parte dos planos ter uma parelha de F-16 na Madeira quando o radar estiver pronto, e também nos Açores, em tempo necessário, sempre numa perspectiva não de permanência mas de destacamento. Quando for necessário, iremos fazê-lo, para treinarmos e exercitarmos as nossas capacidades e, se houver alguma ameaça, temos de estar preparados para a enfrentar».


Saliente-se que a cerimónia ontem realizada na Unidade do Porto Santo, que contou com a presença do secretário regional dos Recursos Humanos em representação do Governo Regional e do presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, incluiu no seu programa uma visita à exposição temática sobre operações de Busca e Salvamento e a demonstração da Equipa Cinotécnica da Unidade, com os cães militares. Após a despedida do responsável máximo pela Força Aérea portuguesa e da saída no avião militar do Porto Santo para a Madeira dos convidados e comunicação Social, o AM3 pertenceu aos alunos da Escola do Porto Santo. A eles, foi-lhes propiciado baptismos de voo no helicóptero Eh101 Merlin.


Joaquim Ferreira aponta desafios


No seu discurso alusivo ao Dia da Unidade do AM3, o primeiro que proferiu na qualidade de comandante deste organismo (apesar de ter sido o responsável pelo ex-destacamento do Porto Santo), o comandante Joaquim Ferreira expôs os desafios que se colocam, «a curto prazo», àquela infra-estrutura, com o seu novo estatuto. Assim, o coronel apontou a «necessidade de serem efectuados pequenos ajustes nos módulos de pessoal visto que passarão a ser executadas a nível local um conjunto de tarefas de âmbito logístico-administrativo, até à data realizadas por outras unidades da Força Aérea.


Na nova realidade, é ainda exigida uma solução para «a problemática do alojamento, da assistência sanitária, da alimentação e do transporte, de e para o continente, do pessoal colocado no AM3», realçou ainda. «Estes são, em termos globais, os desafios que a curto prazo se colocam ao eficiente funcionamento do AM3», resumiu o coronel na cerimónia que contou com representantes do ramo da Força Aérea, Exército, Marinha, das Polícias e membros do Governo Regional.


O coronel Joaquim Ferreira fez ainda um balanço do trabalho desenvolvido nos últimos tempos, destacando a componente da segurança em terra e segurança interna, com a concretização «do indispensável sistema de combate a incêndios na área do combustíveis, onde se encontram armazenados cerca de seis mil metros cúbicos de hidrocarbonetos, efectivação de vários simulacros de incidentes nas vertentes da prevenção de acidentes e de segurança interna. Na componente operacional, destacou o apoio continuado às aeronaves estacionadas e de todas as que transitaram no aeródromo e ainda a participação nos exercícios de âmbito internacional MORSA e na iniciativa 5+5.

 

Aviões F-16 podem chegar com o radar:

O centro de operações da Força Aérea Portuguesa, no Porto Santo, agora com a nova designação de Aeródromo de Manobra nº 3, foi ontem inaugurado, numa cerimónia que contou com a presença do Chefe-do-Estado-Maior da Força Aérea, general Luís Araújo, entre outras entidade regionais e locais, civis e militares.


Um acto simbólico, que visa essencialmente enaltecer e prestar uma justa homenagem pelo desempenho da Força Aérea na Região, nas missões de busca e salvamento, nas evacuações de doentes ou feridos entre ilhas, figurando no mapa das bases militares mais importantes do país.


O general Luís de Araújo, disse que os aviões F-16 virão para a Madeira "quando for necessário e adequado". "Está nos nossos planos, quando for necessário e adequado, fazer destacamento de F-16, uma ou duas parelhas, para fazer vigilância e controlo do espaço aéreo desta parte integrante do território nacional quando o radar estiver pronto", disse o Chefe-do-Estado-Maior da Força Aérea, à margem da cerimónia de constituição oficial do Aeródromo da Madeira n.º 3, sedeado na ilha do Porto Santo.


O destacamento da Força Aérea Portuguesa na ilha do Porto Santo, criado há 25 anos, passou a designar-se Unidade AM3: "esta Unidade é da Força Aérea há muito tempo mas não tinha designação, é uma cerimónia simples que dá nome a um dos nossos "filhos", realçou Luís de Araújo.


O general adiantou que está também nos projectos futuros instalar um quartel com parada, alojamentos para oficiais, sargentos e praças e cozinha naquela unidade que presentemente tem 15 militares e uma vintena de funcionários.


O comandante da base, o coronel Joaquim Ferreira, um dos homenageados do dia, lançou alguns reparos aos ajustes nos módulos de pessoal, "visto que passarão a ser executadas a nível local um conjunto de tarefas de âmbito logístico-administrativo, até então realizadas por outras unidades". Focou a necessidade de ser encontrada uma solução para a problemática do alojamento, assistência sanitária, alimentação e do transporte, de e para o continente, do pessoal colocado no Porto Santo.


Baptismos de voo cativaram 'miúdos'


Para muitos foi a primeira e talvez única experiência, a bordo do um helicóptero da Força aérea. As cerimónias incluíram, já na parte da tarde, um baptismo de voo para os alunos do ensino primário e secundário da ilha. Foram cerca de 160, as crianças, jovens e alguns professores, que puderam desfrutar de uma vista invulgar sobre o Porto Santo, num voo que teve a duração de sensivelmente 8 minutos. No final, era bem visível no semblante dos que passaram por esta invulgar experiência, uma elevada dose de adrenalina. Muitos não se importavam de repetir a 'dose'.

Batismo EH101 Porto Santo:

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Três mortes numa semana provocadas por ingestão de cogumelos venenosos

In "SIC Online":

3695923215004e2ea592ccaefca26db6 Uma mulher, de 38 anos, faleceu na última noite no Centro Hospitalar de Coimbra (CHC) devido à ingestão de cogumelos venenosos, elevando para dois os óbitos registados esta semana na cidade e para três as mortes a nível nacional pelo mesmo tipo de intoxicação.

Fonte dos CHC disse à agência Lusa que uma mulher de 75 anos, mãe da falecida, originárias de Pombal, também se encontra ali internada com “prognóstico muito reservado, com insuficiência hepática”.
Uma outra mulher, de 66 anos, igualmente de Pombal, que estava internada no CHC, foi transferida quinta-feira ao final do dia para os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), para lhe serem avaliadas as possibilidades de transplante hepático.
Um homem de 47 anos, da zona de Leiria, que estava internado nos Hospitais da Universidade de Coimbra por ter ingerido cogumelos venenosos faleceu quarta-feira, depois de ter recebido um transplante hepático.
Um seu filho, de 16 anos, nesse mesmo dia foi transferido dos HUC para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, em estado grave, para receber também um transplante de fígado.
Na tarde de quinta-feira mantinham-se internados nos HUC um homem e uma mulher devido à ingestão de cogumelos venenosos. O homem recebera um transplante hepático, e a sua situação clínica era estável. A mulher estava internada na Unidade de Cuidados Intensivos de Gastrenterologia dos HUC, “estável, mas com um prognóstico reservado”.
Um homem tinha recebido, entretanto, alta nos HUC, regressando ao seu domicílio, em Seia.

Saiba com são os primeiros sinais de intoxicação que exigem tratamento urgente

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Ver:

Duas pessoas morreram depois de ingerirem cogumelos venenosos:

Autoridades alertam que é muito fácil confundir cogumelos comestíveis com tóxicos

Cogumelos fazem 2 vítimas mortais:

SAIBA MAIS

MORTAL220px-Amanita_phalloides_1

Um dos cogumelos mais mortais tem o nome científico de ‘amanita phalloides’.  A medicina classifica-o como 'hepatóxico' e pode ser facilmente confundido.

93

foi o número de casos graves de intoxicações com cogumelos selvagens nos últimos 50 anos. No mesmo período tinham-se registado em Portugal seis mortes e vários transplantes de fígado.

40

euros o quilo é quanto pode atingir o preço do cogumelo ‘canthanellus’, colhido nas florestas das Beiras, e muito apreciado pelos franceses.

ANTÍDOTOS

A penicilina e a silibinina são dois dos fármacos utilizados para combater as intoxicações com cogumelos.

Intoxicação por cogumelos deixa em estado grave pai e filho

Governo avança com 3,9 milhões de euros para o Exército

In "PUBLICO.PT":

exe1 O Governo vai disponibilizar 3,9 milhões de euros ao Exército português, anunciou hoje o ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva.

“Este valor tem duas finalidades: melhorar as infra-estruturas de recepção dos equipamentos de combate e as infra-estruturas da Escola de Infantaria”, sublinhou o governante, no final de uma visita ao Comando Operacional do Exército, em Oeiras.


O ministro da Defesa concluiu hoje a ronda de visitas oficiais de apresentação aos três ramos das Forças Armadas, acompanhado pelo secretário de Estado da Defesa e dos Assuntos do Mar, Marcos Perestrello. Em declarações aos jornalistas, assegurou ainda que a aquisição de helicópteros ligeiros “é uma prioridade”. “Esperamos que estejam disponibilizados em 2012 e que cheguem ao Exército em 2013”, declarou.


No que respeita à aquisição das viaturas Pandur, Augusto Santos Silva assegurou que está em curso e que “há um processo de entregas até ao final de 2009”.


O ministro da Defesa Nacional anunciou também que irá visitar as tropas destacadas no Líbano e no Kosovo durante o próximo mês de Dezembro. “Em Janeiro de 2010 irei fazer o mesmo no Afeganistão”, acrescentou o governante.


Após as habituais honras militares, Augusto Santos Silva contactou com os generais que integram o Comando Superior do Exército. Na sala de operações, o ministro falou directamente e através de um sistema de videoconferência com os responsáveis que se encontram no Kosovo, Líbano e Afeganistão, que lhe fizeram um ponto da situação sobre o que se está a passar no terreno.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Fragata portuguesa enfrenta piratas na Somália

In "Correio da Manhã":

Ao nono dia de missão, a fragata portuguesa ‘Álvares Cabral’ enfrentou uma primeira tentativa de ataque de pirataria ao largo da Somália.

'Estamos a operar a cerca de nove dias na área de operações e foi a primeira vez que a fragata 'Álvares Cabral' teve contacto directo com uma  tentativa de sequestro de um navio por parte de piratas', afirmou o comandante Santos Fernandes à agência Lusa.

Contactado via telefone, o porta-voz da NATO explicou que o alvo do ataque era uma embarcação típica desta região, que tem a designação de 'dhow', e é usada para transporte de materiais e de animais entre os países da região.        

'São embarcações que, a maior parte delas, são de madeira, de construção clássica e antiga, mas que são muito usadas para transporte de mercadorias  na zona de operações', indicou.         

A operação aconteceu enquanto a fragata estava a patrulhar a zona do Golfo de Aden, ao largo da Somália, e recebeu um pedido de socorro.  

Ver:

Fragata portuguesa Álvares Cabral dominou hoje piratas que perseguiam um cargueiro:

A fragata portuguesa NRP Álvares Cabral, navio almirante do grupo marítimo da NATO destacado no Golfo de Áden, interceptou hoje um navio pirata que perseguia um cargueiro, 110 milhas a norte do porto somali de Boosaaso.

Foi com com recurso ao seu helicóptero que a fragata portuguesa conseguiu interceptar os piratas, 60 milhas a sul do corredor de trânsito internacional recomendado, de modo a proteger a navegação marítima que tem de passar pelo Golfo de Áden, anunciou no Reino Unido o quartel-general do Comando Marítimo Aliado, instalado em Northwood.


Um avião de patrulha da Força Naval da União Europeia também colaborou na localização dos piratas e viu que eles estavam a lançar à água uma série de armas, quando se sentiram perseguidos.


Ao fim da manhã, a embarcação pirata foi abordada por uma equipa de fuzileiros portugueses, que a inspeccionaram e identificaram os suspeitos, tendo reunido "importante informação operacional".


"Esta operação naval deve ser vista como um aviso para os piratas de que a NATO e os seus parceiros marítimos estão a cooperar, coordenam bem as suas acções e estão prontos a ajudar a deter os ataques de pirataria no Golfo de Áden", declarou o contra-almirante Pereira da Cunha, comandante da Task-Force da NATO, embarcado na fragata NRP Álvares Cabral.


"A acção de hoje demonstra a resolução das forças da NATO em manterem o Golfo de Áden a salvo da pirataria", afirmou por seu turno outro oficial da Armada Portuguesa, o comandante da própria fragata protagonista da acção, Nobre de Sousa, citado num comunicado distribuido em Northwood.

Do grupo comandado pela Álvares Cabral fazem parte duas unidades norte-americanas e uma italiana.

domingo, 18 de outubro de 2009

Tropa: O apelo de uma vida com farda

In "Correio da Manhã":

ca967162-b341-4feb-88dd-fecb0766bf67_738D42D9-134C-4FBE-A85A-DA00E83FDC20_55089A46-EAEF-4ACE-B78B-EFF520158E04_img_detalhe_noticia_pt_1 Não é apenas a fuga ao desemprego que empurra os jovens (mesmo licenciados) para a tropa. Há quem sonhe ser piloto como o avô quis ser ou quem queira a boina que o pai usou. Há os que desejam servir o país. Mas todos querem um contrato.

Aos 18 anos, os camuflados militares ainda não lhes servem – a sua guerra é a escola. Com insuficientes lances de barba, cabelos descaídos até à testa, vestem t-shirts de cores estridentes e calças de ganga. Apesar de participarem no Dia Nacional da Defesa, o que muda nas suas vidas? O olhar deles amarra-se às armas – fascinam-nos porque se impõem. Renato Caetano, de Sintra, veste pela primeira vez um colete e um capacete do Exército, só um dos seus olhos azuis brilha como um farol enquanto o outro se prende à mira de um lançador portátil de Míssil AA Stinger. Tem na mão (sem noção) uma poderosa arma de artilharia antiaérea usada no Afeganistão. Renato escolheu o futuro: o 12º ano ficou incompleto, mas já passou nas provas para ingressar na Marinha, como voluntário, e agora só deseja que o chamem para o curso. 'Pensei que seria melhor encaminhar já as coisas para ter um ordenado. Dava-me jeitinho para orientar a minha vida e não viver às custas dos meus pais.' Este é o seu motivo para vestir a farda.

Empoleirado nos comandos da torre de lançamento do Sistema de Míssil Ligeiro Chaparral, imponente o suficiente para o regalar, está Rafael Batalha, também ele de Sintra. 'É um perigo ir para um cenário de guerra', pensa. 'Aos 18 anos, não sei se estamos preparados para a possibilidade de morrer.' Mas no meio de tamanho arsenal bélico, no Regimento de Artilharia Antiaérea 1, em Queluz, acaba por se sentir em segurança. E pondera ir para os Comandos. 'Pensei que pudesse ir para a universidade. Mas como não queria ter um trabalho de secretária, como gosto de actividade física e sempre vi muita televisão, quero mais acção, quero ir para o Exército.'

Ao seu lado, Marcelo Aparício, de Lourel, sobressai pela t-shirt verde fluorescente e olhar de miúdo, agarrado a uma espécie de canhão dos tempos modernos (o bitubo AA 20mm M81). Apesar do aparato, confessa que o seu sonho é voar mais alto. 'Gostava de entrar para a Força Aérea no curso de piloto, mas o exame de Matemática não me correu bem.' Optou por entrar este ano no curso de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, pensando que em breve vai voltar a prestar provas para ser piloto. 'A sensação de voar é o mais próximo que temos da liberdade total.'

MULHER DE ARMAS

Os pés que as botas militares escondem agradecem saltos altos quando a continência está arredada do trato e a noite pode dançar – mas não se imaginam sem elas. Ao fim-de-semana Rute, 19 anos, abandona no quartel a soldado Alexandre, apelido que a distingue no Regimento de Artilharia Antiaérea 1, e ruma para junto da família. É assim desde Janeiro, mês que chegou para cumprir a vontade antiga – que conheceu nos olhos do progenitor, ex-comando, e passou a brilhar nos dela. 'Sempre me imaginei militar. Nem sei dizer o que seria se não o fosse. Por causa da profissão do meu pai e também pelas histórias da Guerra Civil em Angola que ele conta, de quando era criança e não havia ninguém para ajudar. Sempre pensei: quando crescer quero fazer alguma coisa por estas pessoas que não têm nada. E quero fazer disto a minha vida. Toda.' A convicção nas palavras é a mesma com que se senta na ‘torre’ para cumprir a função de apontadora de míssil que com orgulho desempenha. O comando é dela.

Timóteo em casa dos pais, aspirante Ferreira no quartel, o mesmo da soldado Alexandre. 'Sou a favor das mulheres fazerem parte mas por outro lado pode haver descontentamento porque nas avaliações há um certo desequilíbrio, mas tudo se digere. E elas até nos ajudam a coser um botão que nos caia da farda'. Rute diria mais tarde que corre todos os dias depois do ‘expediente’ para estar à altura dos camaradas masculinos. 'Não quero ser beneficiada'. A agulha não pica o ponto do sexismo e escuda-se na igualdade. 'Aqui não há diferenças'.

O aspirante Ferreira está no regimento desde Junho. Estava licenciado há um mês em Gestão e Administração Pública quando tropeçou num concurso do Exército para oficiais onde pediam licenciados na sua área. 'Pensei: se não ficar, pelo menos experimento a tropa, aquele sofrer que sempre achei importante para a formação pessoal'. Ficou e deu a volta à vida. 'Mudou a minha forma de encarar as coisas e o poder financeiro. Um estudante não tem onde cair morto, o que é frustrante. Agora tenho porque trabalho e, ao mesmo tempo, como militar, cumpro uma missão'. A incumbência diária, como chefe de secção financeira, será mais uma vantagem a somar. 'Lá fora pedem licenciados com anos de experiência e isso eu estou a fazer aqui. E ao mesmo tempo consigo fazer um mestrado'. Só não sabe se o futuro vai continuar a vestir farda ou pôr tudo em sentido numa empresa pública.

O regime de contrato nas Forças Armadas contrapõe a frustração generalizada com o desemprego civil. Chegada para cumprir a recruta, a 22 de Junho, na Base Aérea da Ota, vinda de Mafra, Catilina Moreira, 23 anos, licenciada em Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica, deixava para trás a profissão de secretária numa construtora civil. Foi o que conseguiu no meio de tantos currículos enviados. Na Força Aérea viu a 'perspectiva de ter um contrato de trabalho, fazer carreira e de gostar.' Muitos dos seus amigos passaram a perguntar-lhe como consegue ser militar. A resposta só se tornou simples depois da recruta: 'Se eu consegui, também tu consegues', diz em tom desafiador, agora que se está a especializar como operadora de comunicações.

Quando Catilina entrou para a Força Aérea, Ricardo Abreu, 24 anos, licenciado em Ciências e Tecnologia Animal, cumpria parte de um sonho antigo. O avô fazia aeromodelismo e, se pudesse, teria sido piloto. Ricardo nunca se esqueceu de desejar o mesmo. Depois de concluído o estágio curricular, de dois meses, numa empresa de produção de pregado, na Praia da Tocha, viu o anúncio num jornal de uma empresa civil que pedia controladores de tráfego aéreo. Correu à procura da tão desejada segurança do papel assinado com um contrato. E pensou noutras vantagens: 'Os ordenados são sempre importantes e, é obvio que, em comparação com a minha área de curso, são superiores.' Por isso optou por se especializar como técnico operador de controlo aéreo e radares de aviões como os caça F-16.

Miguel Oliveira, 23 anos, de militar só tem o corte de cabelo e cavada na alma a vontade de servir o País. Estudou até ao 8º ano para ser operário numa indústria do ramo automóvel, perto de casa, na Trofa, a fabricar peças em alumínio para ar condicionado e travões. No turno da noite não ganha mais que 600 euros. Em casa ajuda com 150 e o resto do dinheiro gasta no café, tabaco e em roupa.

Já lá vão os anos em que sonhava ser futebolista. Jogou no Trofense e até alcançou a 1ª divisão de juniores e de juvenis. Hoje, só sente o peso de querer ser fuzileiro. 'Queria enfrentar a dureza e o sacrifício. Para mim, se calhar, dá-me prazer.' Não acha que a vida que leva fora de um quartel seja má. Tem até uma liberdade que não se coaduna com a condição militar. Além de que ficará distante da família, a 380 quilómetros. Miguel pouco sabe da vida de fuzileiro. Sabe apenas o que o pai lhe contou do tempo em que lá esteve.

'Eu entrei em 1986. Na altura, se eu morasse em Lisboa, tinha ficado na Marinha. Mas quando eu cumpri o serviço militar tive que casar. A minha mulher engravidou do Miguel...' E depois de o pai ter interrompido o sonho de ser militar, o filho já prestou provas e espera que a Marinha o chame... para ganhar a boina e deixar de querer usar a velhinha – a que o pai guardou como recordação do sonho.

'ESTE É O MEU HABITAT NATURAL'

Aos 22 anos, Miguel Dias Pinheiro é aspirante da Marinha. Depois de quatro anos na Escola Naval jurou bandeira e está pronto para embarcar. 'Sinto-me em casa no mar, nesta vida que escolhi. Soube sempre o que queria e é isto, não me desiludi nem tinha falsas expectativas. O meu pai e o meu irmão também são da Marinha e até já tinha velejado na ‘Sagres’. Sou praticante de vela e este é o meu habitat natural. Não poderia ter outra vida'.

Para o aspirante, as virtudes da vida militar residem na 'disciplina, no rigor e na liderança de homens'. A aguardar a promoção a guarda-marinha a qualquer momento, Miguel garante que 'é mais difícil para quem fica em terra, não para quem vai'. Nem a família que no futuro quer constituir atrapalha a resposta pronta. 'Não me preocupa muito. Tenho como exemplo os meus pais, que estão casados há mais de 30 anos e viveram assim'.

PERFIL

Miguel Dias Pinheiro tem 22 anos e está à espera da promoção a guarda-marinha. É aspirante e ainda está quente o 'emocionante' juramento de bandeira que fez a 25 de Setembro último e no qual juntou a família mais próxima. Entrou para a Marinha porque toda a vida conviveu com a profissão do pai – também ele marinheiro – e lembra-se de o esperar em casa depois de cada longa jornada. Dois tios e um irmão também são da Marinha.

'PENSO MUITAS VEZES EM REGRESSAR'

Marta Costa era a 'senhorinha protegida' da casa quando ingressou no Exército, aos 18 anos. 'O meu pai foi da Armada e sempre me entusiasmaram as histórias e também porque queria ser jornalista e os meus pais não podiam pagar a universidade. Pensei que na tropa podia ganhar dinheiro para os estudos e, ao mesmo tempo, aproveitar os 3% de vagas dos militares'.

O sonho ficou por cumprir, 'o número de serviços era enorme e não tive disponibilidade', mas encontrou-se no espírito. 'Ajudar em cheias e incêndios foi o que me marcou mais. Senti-me útil, amadureci espiritualmente e senti-me parte de um corpo unido'. Três anos depois acenaram-lhe com uma oportunidade de negócio por conta própria e desistiu da vida militar. 'Penso muitas vezes em regressar, aprendi muita coisa. Há uma Marta antes da tropa e uma Marta depois da tropa'.

PERFIL

Marta Costa 24 anos. O primeiro dia de recruta foi 'muito complicado. Atiraram-me com lençóis e cobertores e disseram-me: ‘Faz a tua cama.’ Não estava habituada, sou a mais nova em casa e estava muito protegida'. Chegou a cabo no quartel da Sra. da Hora na especialidade de transmissões. As mulheres representam 23% das Forças Armadas.

NOTAS

PRAÇAS

A Marinha tem 2504 militares em regime de contrato. Este ano entraram 362 praças e 50 oficiais.

FORÇA AÉREA

A Força Aérea tem 2853 militares em regime de contrato. Representa 41% dos três ramos.

EXÉRCITO

O Exército tem 12 734 militares em regime de contrato e de voluntariado. Este ano formou 1972 praças.

MISSÕES

Um inquérito sociológico do Ministério da Defesa indica que as missões são o que mais atrai os voluntários.

domingo, 27 de setembro de 2009

Chefes militares pediram mudança da lei eleitoral

In "DN":

O milhar de militares destacados em missões no estrangeiro ou embarcados não podem votar, devido à lei eleitoral (2001) que impede o voto por correspondência.

"Os chefes militares colocaram a questão várias vezes ao poder político, ao longo destes anos", mas a legislação não foi alterada, disse ontem ao DN o porta-voz da Armada, depois de questionado sobre a situação dos 79 militares embarcados na corveta João Roby, que está a operar nos Açores.

A legislação vigente permite o "voto antecipado" aos militares que, no dia das eleições, "estejam impedidos de se deslocar à assembleia de voto por imperativo inadiável de exercício das suas funções" (artigo 79.º A).

Nesse caso, o militar (e outros profissionais em situação análoga) "pode dirigir-se ao presidente da câmara do município em cuja área se encontre recenseado, entre o 10.º e o 5.º dias anteriores ao da eleição, manifestando a sua vontade de exercer antecipadamente o direito de sufrágio", tendo de se identificar e fazer "prova do impedimento invocado, apresentando documentos autenticados pelo seu superior hierárquico" (artigo 79.º B). Portugal tem actualmente 855 militares nas Forças Nacionais Destacadas (FND) em missões no estrangeiro.

Cento e noventa militares partem para o Kosovo

In "Correio da Manhã":

Um contingente de 190 militares do Exército partiu ontem de manhã (25-Set) para o Kosovo para render o actual grupo da Força de Reacção Rápida da KFOR (KTM/KFOR).

Os militares, que partiram do Aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa, pertencem ao Batalhão de Infantaria Mecanizado. Comandados pelo tenente-coronel Lino Gonçalves, vão render outros 188, chefiados pelo tenente-coronel Fernando Teixeira, que se encontra no Kosovo desde Março.

Os militares “estão preparados para qualquer missão” enquanto força de reserva e esperam dignificar o nome de Portugal, afirmou o tenente-coronel Lino Gonçalves.

Actualmente, Portugal tem empenhados 855 militares (768 homens e 87 mulheres) em missões em países como Afeganistão, Congo, Líbano ou Timor-Leste.

Louvores na PSP

In "DNOTICIAS.pt":

Na edição do DN do passado dia 09SET, fui leitor interessado da notícia que abordava a passagem do 131º. Aniversário do Comando Regional da Madeira da Polícia de Segurança Pública, à qual desde logo envio os meus sinceros votos de parabéns pela longevidade ao serviço da causa pública madeirense e porto-santense na defesa e protecção dos direitos, liberdades e garantias das gentes honestas destas maravilhosas ilhas portuguesas, estando certamente esse sucesso institucional inegavelmente associado á dedicação, profissionalismo e empenho da esmagadora maioria dos profissionais da PSP, quantas vezes conseguido á custa da inobservância e atropelo aos períodos de descanso, muitas vezes abusiva e desumanamente usados sem qualquer garantia compensatória.


A referida edição do DN abordava também a questão relacionada com a banalização ou vulgarização dos Louvores e Recompensas atribuídos na Polícia de Segurança Pública, muitas vezes baseados em critérios de duvidosa justeza ou merecimento, tendo em conta que uma grande fatia desses Louvores ou Recompensas deixam a ideia de que são atribuídos com base no amiguismo ou no graxismo, sem critérios rigorosos de justiça, apenas ao sabor das vontades das chefias e comandos, sendo uma parte significativa desses Louvores concedidos aquando da saída de algum comandante, sendo com isso habitualmente beneficiados, os motoristas dos comandantes, os ordenanças dos comandantes e basicamente todos os serviços em redor da actividade do comandante cessante, muitas vezes com motivações de nos fazer corar de indignação, e em detrimento dos profissionais com funções verdadeiramente operacionais que arriscam a integridade física, e muitas vezes a vida, em prol da causa pública.


Entendemos que quer os Louvores ou Recompensas quer as punições ou castigos devem ser objecto de processos de excepção, sendo certo que, se para a atribuição de um castigo ou punição torna-se necessário avaliar a justeza do mesmo com base no necessário processo disciplinar (embora muitas vezes estes processos padeçam dos mesmos vícios de imparcialidade) também para a atribuição de Louvores ou Recompensas deveria presidir à elaboração do competente processo de avaliação com base na justeza, merecimento e competência, tornando-se assim mais justa e menos discricionária a sua atribuição.

...

sábado, 19 de setembro de 2009

Defesa: Novo regime remuneratório aguarda promulgação do Presidente

In "Correio da Manhã":

mil O novo regime remuneratório das Forças Armadas, aprovado pelo Governo em Agosto passado e já enviado para promulgação do Presidente da República, vai implicar, em 2010, um aumento médio de 6,23% nos salários dos militares.

Ao que o CM apurou, com esta actualização, resultante da subida média nas remunerações base por agrupamento de postos, o novo sistema retributivo dos militares das Forças Armadas vai traduzir-se num acréscimo de custos de cerca de 48 milhões de euros por ano. Ao ordenado base acresce ainda o Suplemento da Condição Militar (SCM), que a partir do mês de Janeiro de 2010 aumentará dos actuais 14,5% para 20% da remuneração base.

A comparação entre a tabela retributiva aprovada em conselho de ministros no início de Agosto e as remunerações base actuais, a cujo documento o CM teve acesso, revela que os militares das Forças Armadas vão ter, por agrupamentos de postos, aumentos médios diferenciados entre 1,45% para os oficiais superiores e 12,09% para os cabos e soldados.

A entrada em vigor do novo regime remuneratório, prevista para 1 de Janeiro de 2010, não provoca um aumento imediato nos salários, "mas sempre que um militar for promovido, como nenhum ‘moderno’ pode estar à frente de um ‘antigo’, há um arrastamento de todos os restantes militares", diz fonte conhecedora do processo. Por isso, garante, "o reposicionamento remuneratório reflecte-se, na prática, em aumentos salariais".

A despesa com salários não é a única a crescer: com o alargamento das despesas de representação de 31 para 138 cargos, aumentando o número de abrangidos de cerca de 50 para quase 180, os gastos com as despesas de representação vão disparar de 200 mil euros para 1,3 milhões de euros por ano.

As associações de militares têm dirigido fortes críticas ao novo regime remuneratório, alegando que há uma "continuada degradação dos direitos que constituem contrapartida ao leque vastíssimo de restrições e deveres a que estão sujeitos". Só que o acréscimo das despesas com pessoal resultante da actualização do SCM, das posições remuneratórias e das despesas de representação indica que os militares, mesmo enfrentando o País uma grave crise económica, vão beneficiar de condições mais atractivas a partir de 2010.

Para já, o novo regime remuneratório está em Belém para promulgação de Cavaco Silva.

PERDAS FACE À FUNÇÃO PÚBLICA

A redução das remunerações dos militares face a outros corpos especiais da Função Pública é uma das críticas mais fortes do sector.

Por exemplo, tenente-general, ministro plenipotenciário (diplomata) e professor universitário perdem na comparação da remuneração com um juiz desembargador – mas o militar é quem perde menos.

PORMENORES

COMPARAÇÕES SALARIAIS EM 2008

Juiz desembargador com cinco anos: Remuneração base 6195€

Tenente-general: Remuneração base 4300€

Subsídio da Condição Militar: 623,5€

Total 4923,5€

Professor associado com agregação: Remuneração base 3897€

Ministro plenipotenciário: Remuneração base 3116€

Subsídio de permanência: 605€

Total 3721€

AUMENTO MÉDIO POR AGRUPAMENTO DE POSTOS

Oficiais generais: 4,72%

Oficiais superiores (coronel, tenente--coronel, major): 1,45%

Oficiais subalternos (capitão, tenente, alferes, aspirante): 6,27%

Sargentos: 6,65%

Cabos/soldados: 12,09%

Defesa: Militares sem eco junto dos partidos de Governo

In "DN - Diário de Notícias":

Os protestos públicos das associações militares, mesmo denunciando o sistemático "incumprimento da legalidade" pelo Governo, acabaram por encontrar eco reduzido junto dos partidos do chamado arco do poder, na medida em que viabilizaram diplomas legais mesmo com a oposição frontal dos chefes dos três ramos das Forças Armadas e contendo soluções que os militares sustentam ser inaplicáveis.

Os militares passaram praticamente toda a legislatura a criticar duramente as políticas do Governo, mas as suas razões encontraram pouca receptividade no Parlamento e do Presidente da República.

Foram precisos três anos e meio para o universo político sentir um verdadeiro sobressalto, quando o general Loureiro dos Santos declarou: "Há militares jovens que também já se aperceberam das injustiças a que a instituição e eles próprios estão a ser sujeitos, em comparação com as profissões que são consideradas como equivalentes às profissões militares".

Mas esta declaração, em Outubro de 2008 e a que o Ministério reagiu dizendo desconhecer qualquer mal-estar nas fileiras, não produziu efeitos: a reforma das carreiras está por fazer e o novo sistema retributivo - que as associações e as chefias dos ramos dizem agravar o fosso para as chamadas categorias de referência - foi aprovado em pleno mês de Agosto deste ano. Antes, já os militares tinham ficado "a pagar muito mais por muito menos e piores serviços" na área da Saúde.

A mudança de ministro em Julho de 2006, com a entrada de Nuno Severiano Teixeira, agravou a conflitualidade com militares - ao ponto de começarem a ouvir-se as vozes de antigos e influentes chefes militares. Porquê? Severiano chegou 'marcado' à Defesa: era autor de uma reforma da segurança interna (para o ministro António Costa) que indignara a hierarquia militar.

Note-se que, em Março de 2007 e no meio da polémica em torno do poder dos tribunais sobre a disciplina castrense - entretanto agravada com o Regulamento de Disciplina Militar que aprovou -, o ministro ouviu o chefe do Estado-Maior- -General das Forças Armadas frisar que cabe à instituição militar "a inalienável e intransferível responsabilidade pela defesa militar da integridade do território nacional".

Esta tensão com a GNR foi-se mantendo, em vários domínios, ao ponto de as chefias terem conseguido suspender, há algumas semanas, a aprovação do sistema remuneratório da Guarda por conter distorções ditas inaceitáveis.

Em matéria de recrutamento, as Forças Armadas foram registando níveis menores ao longo da legislatura (ver infografia) e que só se inverteram este ano, para números que os ramos - em especial o Exército - consideram insuficientes.

Ao nível dos pilotos da Força Aérea, a sua saída continua a provocar dores de cabeça ao ramo - mas a solução prevista (aumento do respectivo subsídio) pode criar atritos internos se o seu valor for visto como desproporcionado.

No plano operacional, as Forças Armadas continuaram a ver o seu profissionalismo reconhecido nas missões no exterior - apesar das lacunas ao nível dos equipamentos: continuam a usar a espingarda G3 e as Chaimite, os rádios são inadequados, os aviões C-130 precisam de modernização urgente para operar na Europa central e a dos F-16 atrasou-se durante anos, a exemplo da construção de lanchas costeiras e navios-patrulha.

Os cortes anuais de 40% na Lei do reequipamento (LPM) - que registava um défice de quase 87 milhões de euros em Janeiro - afectaram a modernização das Forças Armadas. É certo que vieram meios importantes, mas de reduzido impacto para as missões em curso: novas viaturas blindadas, as Pandur, que ainda não foram usadas no exterior. Os submarinos foram entregues em cerimónias quase secretas. Os helicópteros EH101 foram usados sem contrato de manutenção. Por concretizar ficou a prometida Força Conjunta de Helicópteros, ou a revenda dos equipamentos militares identificados para esse fim (excepção para as fragatas João Belo).

O Ministério da Defesa também encontrou uma solução para o Fundo de Pensões e para a modernização dos quartéis, com a Lei de Infra--estruturas Militares - mas que, na actual crise, deverá demorar pelo menos dois a três anos para produzir resultados.

Exército: Brigada de Intervenção prepara-se para a UE

In "DN - Diário de Notícias":

Regimento de Infantaria envia em breve meia centena de homens para o Afeganistão

Quando se cruza a porta de armas do Regimento de Infantaria 14 (RI14), em Viseu, onde está sedeada uma das componentes da Brigada de Intervenção do Exército, percebe-se, na plenitude, a mudança que o ramo está a operar.

Os militares andam de camuflado, respira-se operacionalidade e modernidade. A doutrina mudou, o emprego de forças também e os equipamentos começam a ser de nova geração.

Num dos flancos do quartel, em obras, já está instalado o novo edifício do comando do 2º batalhão daquela brigada, que tem como principal encargo do RI14 a projecção de forças operacionais. Nos últimos dias, o regimento preparou um grupo de 56 militares que "estão de partida para o Afeganistão", contou ao DN o comandante do regimento, coronel Rui Moura.

Os elementos do chamado 4º módulo de apoio às Forças Nacionais Destacadas (FND) no Afeganistão irão ser "sombras. Cada um desses homens vai estar junto do seu homólogo afegão para assessorar o Estado-Maior de uma guarnição", sublinhou Rui Moura. Esse contingente é comandado pelo anterior 2º comandante do RI14, tenente-coronel Arnaldo Costeira.

O RI14 "tem uma componente operacional, dependente do Comando Operacional [do Exército], que é um encargo ao nível de batalhão do sistema de forças da Brigada de Intervenção", explicou o coronel Rui Moura. Este oficial, que nos últimos anos esteve destacado na divisão de operações do quartel-general supremo da NATO em Mons, Bélgica, referiu que "destacar forças nem é o mais complicado. A dificuldade está em garantir a logística de uma unidade destacada".

O oficial sabe do que fala, pois o RI14 esteve encarregue de sustentar 800 homens em armas estacionados em Timor durante mais de um ano.

Desde 1996 que os militares deste regimento sedeado em Viseu já deram várias voltas ao mundo: Kosovo, Bósnia, Timor, Líbano e, agora, Afeganistão. A sua próxima missão, em 2010, deverá passar pela integração numa das forças militares da UE - os chamados Grupos de Batalha (BG, sigla em inglês).

Mas, antes disso, é preciso treino e, de facto, as seis centenas de militares instalados no RI14 correspondem à afirmação do coronel: "Suor em instrução é suor poupado em combate." Talvez por isso, os homens andem sempre numa correria, entre os diversos cenários de treino e as missões que cumprem. E o conhecimento tem de ser partilhado. "O nosso batalhão, desde que chegou do Kosovo, tem participado como força de cenário nos exercícios" em que se simulam os teatros de operações reais, salientou o seu comandante, tenente-coronel Cunha Godinho.

Assim, adiantou, "conseguem transmitir os ensinamentos que recolheram nos vários teatros de operações por onde têm andado". Cunha Godinho interrompe o briefing, diário, com os oficiais do batalhão para explicar a nova doutrina: aqui "não há dois dias iguais". E, entre treinar "a instrução de combate", ao nível individual, e a integração de forças numa brigada dispersa pelo País, "todos os dias há treino", concluíu o tenente-coronel.

Com a chegada das novas viaturas blindadas Pandur, que mecanizaram a infantaria, o quotidiano do quartel reparte-se entre acções de planeamento e operações de manutenção. no outro.

O coronel Rui Moura diz que as viaturas - adquiridas para substituir as velhinhas Chaimite, do tempo da guerra colonial - "mudaram a doutrina do batalhão, que passou a ser mecanizado e capaz de dar mais protecção e mobilidade" aos militares. Para isso foi preciso "formar homens" e "criar infra-estruturas" adequadas. Por isso, o flanco sul do aquartelamento, com 57 anos, está agora em obras para acolher 70 novos veículos blindados de transporte de pessoal.

Nas garagens ainda estão seis Chaimites e, enquanto se espera pelo reforço das Pandur, o tempo é de "preparar o batalhão para a eventualidade de poder vir a integrar o battle group da União Europeia", observou o comandante do RI14. "Este grupo, em stand by, é o equivalente à Força de Reacção da NATO e estará pronto em 2010, para ser empregue onde o poder político decidir".

Ainda não é certo que assim seja, mas o treino vai mantendo operacional um regimento que foi obrigado a procurar, na região, outros locais de exercício - "mas tudo isto é treino", concluíu Rui Moura.

domingo, 13 de setembro de 2009

Festival Colombo 2009 - Porto Santo

In "DN":

O Porto Santo retrocede no tempo à época medieval para recordar a passagem de Cristóvão Colombo na ilha:

Música, exposições, animação de rua, gastronomia, artesanato e encenação em ambiente medieval constam do programa da décima edição deste cartaz, que contará com a presença da secretária regional do Turismo e Cultura, Conceição Estudante, e contribui para uma ocupação hoteleira na Ilha Dourada na ordem dos 50 por cento.

A recriação do desembarque do navegador na ilha, onde foi recebido pelo capitão donatário Bartolomeu Perestrelo, o cortejo com trajes da época, a feira quinhentista, leilões de escravos, ataques piratas, torneios de armas, ceias medievais são alguns dos pontos do programa para os próximos três dias.

O programa de animação estende-se à praia dourada da ilha com a intervenção da Companhia Viv'Arte, com apresentação de momentos de teatro, música e cenografia da época.

Haverá ainda um espectáculo de malabarismo de fogo e pirotecnia.

O Festival Colombo é já considerado um importante cartaz turístico para o Porto Santo.

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domingo, 6 de setembro de 2009

Quando um flirt salva o dia e até a vida

Source:  Quando um flirt salva o dia e até a vida:

"Signs" é uma curta-metragem premiada que mosta bem como é ténue a linha entre a infelicidade e a felicidade.

 
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